"Se hoje nós temos o reconhecimento da nossa profissão foi graças ao Lula", diz Pedro Mourão

Ele preside a Federação norte e nordeste dos Trabalhadores em moto-táxi,moto-frete, motoboy e taxista


Publicação: 28/04/2015
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Pedro Mourão - foto: Marcos Vinicio Costa

As experiências e propostas dos trabalhadores em transportes foram socializadas em mesa de debates do 1º Congresso da CNTTL/CUT na tarde de segunda-feira (27), no Centro de Convenções do Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba, em Votorantim, em São Paulo. Nesta terça-feira (28), os 150 delegados e delegadas debatem em grupos as lutas da CNTTL para o próximo período.

O Congresso termina nesta quarta-feira (29) com a eleição da nova Diretoria da Confederação e a definição do Plano de lutas para o próximo período.

À frente da Federação norte e nordeste  dos Trabalhadores em moto-táxi,moto-frete, motoboy e taxista, que representa 200 mil trabalhadores no País, Pedro Mourão, falou sobre a discriminação que a categoria sofre até hoje e se emocionou ao lembrar que, se hoje eles têm uma profissão, foi graças ao ex-presidente Lula. “Nossa profissão foi regulamentada em 2009, muitos trabalhadores morreram. Tenho orgulho de ser petista e cutista, e o Lula é o nosso pai”.  

Mourão salientou que a categoria precisa avançar mais. Ele apresentou como proposta a mudança no Código de Trânsito, que venha punir o serviço clandestino de moto-táxi, táxi e ônibus. Outra questão é a  regulamentação do motocimetro (aparelho que mede a corrida). "Existe uma portaria 393 do Inmetro de 2003, que está parada e precisa de regulamentação para legalizar a tarifa no Brasil".
 
A questão da periculosidade para o moto-taxista, moto-frentistas também é outra luta permanente. “A presidenta Dilma sancionou a Lei 12.997 que garante o direito do adicional de 30% no salário. A NR (Norma Regulamentadora 16), sancionada por Dilma, está sendo judicializada. Uma ação movida pela Associação Brasileira de Bebidas não Alcoólicas está impedindo a sua aplicação. Esse é o caso do moto-frentista  que não está recebendo mais o adicional. No caso moto-taxista, a periculodiade está inserida na tarifa, em Rio Branco, garantimos esse direito”, explica.

Mourão sugeriu também que a CNTTL lute contra a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), o número 4530, que pede a inconstitucionalidade da Lei 12.997.



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