Sérgio Dias - foto: Marcos Vinicio Costa
As experiências e propostas dos trabalhadores em
transportes foram socializadas em mesa de debates do 1º Congresso
da CNTTL/CUT na tarde de segunda-feira (27), no Centro de
Convenções do Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba, em Votorantim,
em São Paulo. Nesta terça-feira (28), os 150 delegados e delegadas
debatem em grupos as lutas da CNTTL para o próximo período.
O Congresso termina nesta quarta-feira (29) com a eleição da nova
Diretoria da Confederação e a definição do Plano de lutas para o
próximo período.
Sérgio Dias, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em
Aviação Civil da CUT (FENTAC/CUT), abordou a política de céus
abertos (em vigor no Brasil que prevê o fim do limite de voos entre
os países), o aumento da participação de capital estrangeiro
nas empresas aéreas e as bandeiras de conveniência.
“Estas políticas foram aprovadas pelo governo e não tiveram a nossa
concordância. Para efeito de mitigação e melhoria nestas condições
é fundamental uma orquestração internacional, que existe em alguns
países, que sensibilize os governos, que tem convenções com a
Organização Internacional do Trabalho (OIT), para que combatam os
efeitos nefastos da precarização na aviação no Brasil”, relata.
A filiação da CNTTL à ITF ( Federação Internacional dos
Trabalhadores em Transportes) é fundamental para alcançar essa
meta.
A preocupação da concessão dos aeroportos, (Porto Alegre, Salvador
e Florianópolis) também é motivo de preocupação. afirmando que há
equívocos que precisam ser revistos. “Há equívocos que precisam ser
revistos. É necessário discutir a representação dos trabalhadores
neste modelo”, fundamenta.
Aposentadoria Especial
Outra questão apontada pelo sindicalista é a aposentadoria
especial, que incluia para os trabalhadores na aviação, um
rol de agentes nocivos. A proposta de criação de uma Norma
Regulamentadora (NR) para os aeroportos e afins, a realização de um
Seminário Internacional de Saúde da FENTAC, nos dias 3 e 4 de
agosto, no Rio de Janeiro, são outras ações que fomentarão um
arcabouço na retomada da aposentadoria especial na aviação.
Dias frisa que essas são bandeiras históricas e espera que sejam
incorporadas ao Plano de Lutas da CNTTL. “É preciso ser criativo,
porque não conseguimos sensibilizar o governo até o momento. Hoje,
estamos enfrentando problemas sérios na aviação, como a fadiga das
tripulações, turnos exaustivos, dobra de turnos dos trabalhadores
nos aeroportos, somando a isso temos os acidentes, que são
preocupantes. A nossa luta é conscientizar o governo de tal
forma para mudar este Status quo”, disse.
A FENTAC tem uma base de 100 mil trabalhadores na aviação, entre
eles, aeroviários, aeroportuários e aeronautas.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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