Trabalhador terceirizado ganha 25% menos

É o que aponta estudo realizado pela CUT em parceria com o Dieese


Publicação: 10/04/2015
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O trabalhador terceirizado no País ganha, em média, 25% menos que o empregado direto, tem jornada semanal que dura três horas a mais, sua rotatividade de trabalho é quase duas vezes maior e está sujeito a mais acidentes de trabalho. É o que aponta estudo realizado pela CUT em parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Pelo levantamento, que toma como base, entre outros dados, a Rais (Relação Anual de Informes Sociais) de 2013, do Ministério do Trabalho, enquanto em setores contratantes de mão de obra a remuneração média girava em R$ 2.361,15, em segmentos terceirizados ficava em R$ 1.776,78. E, se por um lado a permanência no trabalho é de 5,8 anos para funcionários diretos, para terceiros se reduz para 2,7 anos; por causa da alta rotatividade desses últimos.

A secretária de Relações do Trabalho da CUT,Maria das Graças enumerou que, de cada dez acidentes de trabalho, oito ocorrem com empregados de companhias contratadas. O procurador José de Lima, coordenador de Combate às Fraudes nas Relações do Trabalho do Ministério Público do Trabalho, afirmou que esse profissional é “invisível para a sociedade, pois não recebe o mesmo treinamento, não tem cobrança para o uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual) e não ganha o mesmo que um empregado direto, exercendo a mesma função”. A dirigente cutista citou que há 21 mil ações no TST (Tribunal Superior do Trabalho) por terceiros que não recebem seus direitos trabalhistas.

Com DGABC



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