divulgação
A primeira etapa foi nas ruas. Entre os dias 1º
e 7 de setembro deste ano, 477 organizações trabalharam em todo o
país para arrecadar votos no Plebiscito Popular por uma
Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político. Mais de 7,5
milhões disseram “sim” à convocação da consulta.
A segunda, em Brasília, nos dias 14 e 15 de outubro, quando a CUT e
os parceiros que integram a campanha apresentaram à então candidata
Dilma Rousseff, ao presidente da Câmara, deputado Henrique Alves
(PMDB-RN), ao senador Eduardo Suplicy (PT-SP) e ao Supremo Tribunal
Federal o resultado do plebiscito.
A terceira e mais difícil começa agora. Após a consulta simbólica,
os movimentos pressionarão o Congresso Nacional para que convoque a
oficial. O próximo passo será uma mobilização nacional marcada para
a próxima terça-feira (4), às 18h, na capital paulista, no vão
livre do MASP (Museu de Arte de São Paulo).
Em ampla reunião na quinta-feira (30), a
organização do plebiscito definiu também que irá aprofundar o
debate nas regiões por meio de audiências públicas nas assembleias
legislativas e câmaras municipais, entre os dias 9 e 15 de
novembro, quando a campanha completa um ano.
O objetivo é fazer com que o Projeto de Decreto Legislativo (PDL)
1508/2014, protocolado na quinta pelos deputados federais Renato
Simões (PT-SP) e Luiza Erundina (PSB-SP), seja aprovado na Câmara.
O texto agora segue para a Comissão de Constituição e
Justiça.
Projeto
O texto com a assinatura de 185 deputados, 15 acima do mínimo
exigido, estabelece o prazo de até dois anos para a convocação do
plebiscito, após a aprovação do projeto.
Da mesma forma que na etapa simbólica a consulta oficial traria uma
única pergunta: “Você é a favor de uma Assembleia Nacional
Exclusiva e Soberana sobre o Sistema Político?”. Caso o sim vença,
o PDL determina que o Tribunal Superior Eleitoral chame uma
Assembleia Constituinte eleita exclusivamente para discutir
mudanças no sistema político.
Plebiscito ou referendo?
Para o diretor Executivo da CUT, Júlio Turra, a mídia, que ignorou
a campanha, agora tenta fazer uma falsa polarização entre referendo
e plebiscito, após a presidenta Dilma reafirmar a defesa do
plebiscito depois da vitória nas urnas. “O plebiscito é uma
consulta popular em que o povo determina o que o Congresso vai
fazer. No referendo, o Congresso decide e depois submete ao povo o
resultado da sua decisão. Todas as constituintes tiveram como traço
comum, a exclusão do povo no processo de decisão, e não é isso que
queremos. Acreditamos que o Congresso atual e o eleito não irão
legislar contra a os próprios interesses e, por isso, defendemos a
formação de uma Constituinte exclusivamente eleita para debater
esse tema”, definiu.
O dirigente lembra que no Congresso há apenas duas propostas,
completamente opostas: o plebiscito encampado pelos movimentos
sociais e o Projeto de Lei (PL) 5735/13, que teve o deputado
Candido Vacarezza (PT-SP) como relator. “Na opinião deles,
presidentes da Câmara e do Senado (ambos do PMDB), o Congresso
deveria aprovar a reforma política que eles vêm cozinhando em fogo
brando e depois submeteria para saber se o povo está a favor ou
contra”, pontuou.
Para o deputado Renato Simões, o compromisso do
presidente da Câmara, Henrique Alves, de discutir o plebiscito
ainda neste mês em encontro com o colégio de líderes parlamentares,
e a adesão de 185 parlamentares ao projeto, demonstra que a pressão
surtiu efeito no Congresso. Segundo ele, o próximo passo é
protocolar a iniciativa também no Senado. “Isso vai fazer com que
as duas Casas estejam sintonizadas com esse debate. Claro que
enfrentamos a oposição de quem não quer fazer a reforma política,
manter o sistema como está, principalmente, pela sua relação com o
poder econômico. Mas acredito que este tema está posto, ganhou a
opinião pública e agora devemos dar sequência porque não haverá
como discutir reforma política sem debater o tema da
Constituinte.”
Simões afirma que tratará do projeto na próxima semana com o
presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputado federal
Vicente Cândido (PT-SP), e com Henrique Alves, para defender que
ocorram audiências públicas tanto nas comissões quanto no
plenário.
“Esse é um Congresso que está no final de
legislatura e precisamos acumular consciência sobre esse assunto
para deliberação na próxima legislatura. Paralelo a isso, da mesma
forma que os comitês se organizaram para fazer o plebiscito
popular, agora eles vão dar continuidade a esses debates na
sociedade civil e isso terá um impacto para consolidar uma base
política de massas que defenda a Constituinte Exclusiva do Sistema
Político”, acrescentou.
Informações da CUT Nacional
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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