ABC: Dilma reforça compromisso com a classe trabalhadora

Ao lado de Lula, a presidenta esteve em São Bernardo do Campo e reforçou o compromisso com o trabalhador


Publicação: 03/09/2014
Imagem de ABC: Dilma reforça compromisso com a classe trabalhadora

Foto: Roberto Parizzoti

A presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula se reuniram na terça-feira (2) com a diretoria dos Metalúrgicos do ABC na sede do Sindicato, onde trataram de questões da categoria e da conjuntura nacional

Após a reunião, Dilma conversou com a Tribuna Metalúrgica e demais jornalistas em entrevista coletiva, na qual afirmou acreditar em um segundo semestre melhor. O comentário foi feito após a divulgação do avanço de 0,7% da produção industrial em julho, depois de cinco meses de retração.
Em seguida, a presidenta fez uma caminhada junto a Lula pela rua Marechal Deodoro, em direção à igreja na Praça da Matriz, no Centro de São Bernardo, acompanhada por milhares de pessoas. O presidente da CUT, Vagner Freitas, também participou da atividade. 

Política industrial
“Nosso governo é totalmente a favor de políticas industriais. No meu governo, nós geramos 5,5 milhões de empregos. Sem política industrial, o Brasil não consegue fortalecer sua indústria. Por isso fiquei muito preocupada com o programa da candidata Marina, já que ela reduz a pó a política industrial. Primeiro, ela tira o poder dos bancos públicos de participar do financiamento da indústria e da agricultura.
No caso da indústria automobilística, o que ela propõe é o fim do Inovar-Auto, que trouxe para o Brasil 12 grandes empresas. Nós não queremos só montar os produtos, nós queremos, além de montar os produtos, que venha para cá o processo de inovação, a criação de laboratórios de pesquisa, enfim, que aqui se dê o conjunto da produção.

Para o petróleo [o programa de Marina] será a destruição da indústria naval, que já teve de ser reconstruída no início do governo Lula. Hoje, o setor é o quarto do mundo e gerou até julho deste ano 81 mil empregos. Para 2015, há a previsão de mais de 100 mil empregos.
Então, acabar com a política de conteúdo local é um enorme erro, já que mantemos a luta em manter tudo aquilo que pode ser produzido no Brasil, com mão de obra nacional, gerando empregos de qualidade e salários maiores.
Eu queria falar isso porque fico muito preocupada quando querem acabar com o papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES.
Sabe por que a indústria e a agricultura procuram o BNDES e não um banco privado? Porque ele oferece prazos mais longos, taxas melhores e uma política industrial específica de apoio para aqueles setores que são importantes para a economia brasileira porque geram emprego.
Nós temos um critério, uma métrica que mede tudo, chama-se emprego. Gerou emprego para nós é bom e fundamental para o País, o desempregou é ruim. Essa é a métrica mais simples possível para aqueles que são comprometidos com o crescimento e o futuro do País”.

Ganhos reais
O presidente do Sindicato, Rafael Marques, foi enfático ao afirmar que se existe uma categoria de trabalhadores que acumulou ganhos no período em que Lula e, em seguida, Dilma governaram o País são os metalúrgicos do Brasil, do Estado de São Paulo e, principalmente, do ABC. “Basta ver o crescimento do emprego no setor nacionalmente, que aconteceu graças à recuperação de cadeias produtivas como a naval e o fortalecimento dos setores espacial, automobilístico e de bens de capital”, destacou.
Segundo o dirigente, os salários também melhoraram, pois as campanhas dos últimos doze anos acumu¬laram saldo acima de 40% de aumento real. “Isso nunca aconteceu na história dos metalúrgicos do ABC, do Estado de São Paulo e do Brasil como um todo. Ainda conquistamos mais direitos, sendo o mais recente a desoneração do Imposto de Renda sobre a PLR”, prosseguiu Rafael.
“Por tudo isso, podemos dizer sem medo de errar que nossa categoria esteve entre as prioridades dos governos Lula e Dilma. Então, nada é mais natural que os metalúrgicos brasileiros apoiarem a reeleição de Dilma”, concluiu.

Redação CNTT com informações da Tribuna Metalúrgica



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