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O pagamento de um adicional de periculosidade para
os motociclistas profissionais com vínculo empregatício,
autônomos e para quem trabalha para as plataformas digitais
será debatido no Grupo de Trabalho Tripartite (GTT)
criado pelo Ministério do Trabalho. A CNTTL (Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística) participará
da bancada dos trabalhadores. Estima-se que 7,5 milhões
trabalham como motociclistas no país.
Hoje esse direito está garantido pela Lei nº 12.997 de 2014, que
incluiu o parágrafo 4º ao artigo 193 da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), definindo como perigosas as atividades de
trabalhadores que utilizam motocicleta.
No entanto, as empresas que empregam ou contratam serviços dos
motociclistas não tem respeitado esse direito.
O GTT, que inclui também representantes do governo federal e
empresários, irá incluir na NR 16 (Norma Regulamentadora) uma
redação que contemple os motociclistas. Essa norma trata do
pagamento da periculosidade (30% sobre o salário
base) para os trabalhadores expostos a atividades e
operações perigosas.
“Nossa luta nesse Grupo de Trabalho é discutir e incluir na NR
16 uma condição obrigatória para as empresas que beneficie todos os
trabalhadores motociclistas”, explica Benedito Carlos do Santos,
mais conhecido como Natu, presidente do Sindmotoca-SP , que
representará a CNTTL no Grupo de Trabalho Tripartite (GTT) do
Ministério do Trabalho.
Segundo o Sindmotoca-SP, que representa a categoria em São Paulo,
apenas as empresas que assinaram as Convenções Coletivas de
Trabalho cumprem a Lei e têm pago o adicional de
periculosidade.
Mortes de motociclistas no Brasil e regulamentação do
motofretista
Segundo boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, as lesões de
trânsito são um importante problema de saúde pública global e estão
entre as dez principais causas de morte em países de baixa e média
renda.
O estudo mostra que essas lesões foram responsáveis no Brasil em
2020, por mais de 190 mil internações nos hospitais do Sistema
Único de Saúde (SUS) e hospitais conveniados, destas 61,6% eram de
motociclistas.
Em relação à mortalidade na faixa etária de 15 a 39 anos foram registrados 32,7 mil óbitos, destes 36,7% eram motociclistas.
Natu, presidente do Sindmotoca-SP, defende o cumprimento da regulamentação para redução dos índices de acidentes para os motofretistas. "Em 2023, foram registrados 3.712 acidentes de trânsito com os motofretistas e apenas 97 envolvendo mototaxistas, segundo dados da Secretaria de Inspeção do Trabalho. A profissão do mototáxi é regulamentada e fiscalizada no país. A nossa luta é que a profissão do motofretista também seja", finaliza Natu.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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