"Cadê ANAC a transparência no relatório da VoePass", questiona Sina

O presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários, Marcelo Tavares, exige que a Agência faça o trabalho verdadeiro e legítimo de garantir a segurança dos usuários.

Por: Viviane Barbosa, da Redação da CNTTL, com assessoria de imprensa do Sina
Publicação: 13/08/2024
Imagem de

documentos da ANAC

O Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), entidade que representa 20 mil profissionais que trabalham na Infraero e concessionárias no país, exige “clareza” da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) sobre a seriedade dos fatos abordados na reportagem do UOL.

A entidade sindical se refere à matéria “Anac altera para ‘acesso restrito’ auditoria na Voepass após acidente”, assinada pela  jornalista Andreza Mataiz,  publicada na segunda-feira, dia (12).

Segundo o documento do órgão regulador (foto), às 21h24 da última sexta-feira, 9 de agosto, oito horas depois do acidente e fora do horário de expediente o acesso à auditoria, que era público, foi alterado para “restrito”. Após essa mudança, não é  mais possível qualquer pessoa acessar os documentos.

Para o presidente do Sina, Marcelo Tavares, a questão é muito séria e preocupante. “Pedimos que a fiscalização da Anac seja muito mais efetiva em relação à carga de jornada de trabalho, principalmente dos trabalhadores em terra, do pessoal de manutenção. Como estão sendo feitas essas fiscalizações?”, questiona o sindicalista.

Tavares pede que a Anac faça o trabalho verdadeiro e legítimo para garantir a segurança dos usuários do sistema aéreo.

"Está acontecendo uma investigação por parte do CENIPA (órgão do Comando da Aeronáutica responsável pelo Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) que  vai buscar elucidar o que aconteceu com essa aeronave, mas, fica muito suspeito que a Anac tome essa atitude de colocar em sigilo esse documento, que trata do acidente que ceifou a vida de 62 pessoas”, ressalta.

O sindicalista criticou que isso “não é coisa de uma agência de um governo num país democrata”. “Não podemos admitir esse tipo de situação. Pega muito mal. Os sindicatos têm que se unir”, finalizou Tavares.



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