Categoria considerou “insatisfatórios” os índices de reajustes oferecidos - Comunicação CUT-DF
Em assembleia, as trabalhadoras e trabalhadores rodoviários do Distrito Federal decidiram rejeitar a proposta apresentada pelas empresas de ônibus e iniciam uma greve a partir desta segunda-feira (6). O Sindicato dos Rodoviários do DF informou que vai colocar diretores em pontos estratégicos e nas portas das empresas para garantir maior adesão à greve.
Ainda segundo o Sindicato, a proposta das empresas foi de um reajuste de 5,33% nos salários, planos de saúde e odontológico, 8% no tíquete alimentação e 10% na cesta básica. A categoria considerou os índices “insatisfatórios” e por isso rejeitou a proposta.
“Os trabalhadores rejeitaram a proposta apresentada e agora só nos resta ir à luta para atender a vontade da categoria. Esperamos sair vitoriosos”, afirmou João Dão, presidente do Sindicato dos Rodoviários do DF. O Sindicato também destacou a importância do combate às fake news para não desmobilizar a greve.
O presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues, manifestou apoio ao movimento grevista dos rodoviários. “A greve é por melhores condições de salário e dignidade no trabalho. Convocaremos todas as categorias a apoiarem a mobilização dos rodoviários”, destacou Rodrigues.
No dia 29 de outubro os rodoviários do Distrito Federal já haviam decidido em assembleia pelo início de uma greve, caso não fosse oferecida uma proposta de reajustes salariais, que cumprisse as exigências do acordo entre a categoria e as empresas.
Recursos para empresas
Na semana passada o governo do DF conseguiu aprovar uma abertura de crédito no valor de R$ 142,9 milhões a mais para empresas de ônibus, sem deixar claras as contrapartidas. Na ocasião, a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) justificou que suplementação é para equilíbrio do sistema. Deputados de oposição manifestaram contra a abertura de crédito para as empresas, pela falta da exigência de contrapartidas.
Secretaria de Transporte
Em nota, a Secretaria de Transporte e Mobilidade considerou a greve "abusiva, uma vez que houve proposta das operadoras e acordo entre as empresas e o Sindicato dos Rodoviários". A Pasta informou ainda que segue na "interlocução entre operadoras e os rodoviários, no sentido de encontrar uma solução que possa colocar fim ao movimento grevista e, assim, minimizar os impactos à população".
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