OMS anuncia fim da emergência global da Covid-19, que deixa de ser uma ameaça

Depois de três anos e de 20 milhões de mortes no mundo, sendo mais de 700 mil no Brasil, a emergência global da Covid-19 chega ao fim. Brasileiros usam as redes sociais para comemorar

Por: Redação CUT | Editado por: Rosely Rocha
Publicação: 05/05/2023
Imagem de OMS anuncia fim da emergência global da Covid-19, que deixa de ser uma ameaça

redes sociais

Esta sexta-feira, 5 de maio de 2023, pode ser considerada uma data história a ser lembrada pela humanidade. Ela marca oficialmente o fim da emergência global da Covid-19 que assustou o mundo, deixou milhões de mortos, sendo 731 mil no Brasil e deu prejuízos financeiros em todo o globo de US$ 3 trilhões.

A alegria pelo fim da ameaça global foi comemorada por autoridades e usuários de redes sociais brasileiros que celebraram, inclusive, o Zé Gotinha, personagem símbolo da vacinação no Brasil. Veja abaixo.

A Covid-19 não é mais uma ameaça para a humanidade, mas tecnicamente não é o fim da pandemia porque pelas regras da OMS não existe uma declaração oficial do seu final. O regulamento sanitário criado pelos governos há quase 20 anos apenas permite que os cientistas anunciem o início de uma emergência global ou seu ponto final. Assim como a Aids, a covid-19 continuará a ter o status de pandemia, esclareceu o jornalista Jamil Chade do UOL.

Michael Ryan, diretor-executivo da OMS, confirmou que a emergência acabou. "Mas a ameaça não. A batalha não acabou. Provavelmente não haverá um ponto em que a OMS anunciará o fim da pandemia", disse. "O vírus continua a contaminar. Levou anos para que a pandemia de 1918 terminasse", afirmou. "Na verdade, a história mostra que uma pandemia só termina quando outra aparece", insistiu.

Hoje, a cada três minutos, uma pessoa ainda morre pela covid-19. Para o diretor-geral da agência, Tedros Ghebreyesus, portanto, governos precisam fazer uma transição para uma normalidade, mas sem abandonar o monitoramento da doença e sem desfazer os investimentos que foram realizados. "Uma das grandes tragédias é que não precisa ter sido assim", disse Tedros, denunciando o fracasso da comunidade internacional. "Perdemos vidas que não precisavam ter sido perdidas", insistiu. "Precisamos prometer a nossos filhos e netos que não voltaremos a fazer esses erros", disse.

Oficialmente no mundo foram infectadas 765 milhões 222 mil e 932 pessoas; as mortes somam 6 milhões 921 mil e 614; porém cálculos estimam que 20 milhões de pessoas foram mortas em decorrência da doença. Foram aplicadas 13 bilhões 343 milhões 360 mil e 939 de doses da vacina.

Oficialmente, no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, divulgado no último dia 2 deste mês, o país perdeu 701.833 pessoas para a covid; houve 37.487.971 milhões de casos de pessoas infectadas desde o início da pandemia em janeiro de 2020.

Defesa da vacinação, uma luta da CUT e seus sindicatos filiados

À época se deu uma mudança de comportamentos, as pessoas ficaram isoladas, em distanciamento social e elas passaram a usar máscaras. Porém, no Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro, negacionista, desdenhou da doença a chamando de gripezinha, defendeu o uso de remédios ineficazes como a cloroquina e se negou a tomar a vacina, fazendo com que seus seguidores tomassem a mesma atitude, retardando a imunização no Brasil, que tinha um histórico de campanhas vitoriosas de vacinação, inclusive na época da ditadura militar, de 1964 a 1985.

A defesa da vacina seja da covid e para outras doenças, sempre foi uma bandeira de luta da CUT e seus sindicatos filiados. A Direção Executiva Nacional da CUT fez diversas críticas ao negacionismo de Bolsonaro. Em novembro de 2021, publicou uma nota criticando a  Portaria 620, editada pelo Ministério do Trabalho, que proibia demissões de trabalhadores que não tomaram a vacina contra a Covid-19, em mais uma ação do governo contra a vida

Em julho de 2021, por exemplo, os bancários deram início à luta pela inclusão da categoria entre os grupos prioritários para a imunização. Serviço considerado essencial, os bancos permaneceram abertos durante toda a pandemia do coronavírus. O resultado foi um aumento de 176% nas mortes dos trabalhadores e trabalhadoras de instituições financeiras públicas e privadas.

Outro exemplo foi o do Sinergia CUT, que congrega sete sindicatos que representam trabalhadores das empresas de concessão de serviços de eletricidade e gás, assim como as terceirizadas, distribuídas por todo o Estado, entende ser crucial a vacinação da categoria. O sindicato pediu o ingresso da categoria na lista de prioritários para a vacinação,  por estar  inserida no decreto federal 10.329, de 28 de abril de 2020, como essencial no combate à Covid-19.

A Confederação Brasileira Democrática dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação (Contac-CUT) chegou a lançar um Manifesto pela vacinação contra covid-19: campanha em defesa da vida, entre diversos exemplos.

Hoje é dia de comemoração

Nas redes sociais, os brasileiros e brasileiras comemoraram o fim da emergência global para a Covid, com o bom humor de sempre. O símbolo da vacinação, Zé Gotinha, mais uma vez foi um dos centros de atenção nas redes socias.



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