Entregadores do iFood e suas bikes nas ruas do Rio de Janeiro em protesto nesta terça-feira
São Paulo – Motoristas e entregadores que trabalham para plataformas como Uber, 99 e iFood deflagraram greve na terça-feira dia (29) em pelo menos 17 cidades do país. Os trabalhadores reivindicam reajuste nas tarifas e melhores condições de trabalho, que ampliem a segurança e reduzam o adoecimento. O movimento deve continuar pelos próximos dias, ao menos até o início de abril.
De maneira específica, motoristas demandam que a porcentagem de cada corrida que fica com a empresa seja fixada em 20%; que o deslocamento até o passageiro seja pago; que o valor mínimo da corrida seja de R$10 e que se instalem câmeras nos carros das motoristas mulheres. Segundo eles, motoristas que trabalham para a Uber nunca sabem o quanto vão retirar pela corrida. É preciso aceitar antes para saber o endereço e, eventualmente, descobrir que a corrida não compensa.
Já os entregadores reivindicam, entre outras coisas, a desobrigação de agendar previamente o horário de trabalho; o fim de duas ou mais entregas em uma mesma corrida; que o atendimento deixe de ser feito por robôs, o fim dos bloqueios não justificados; a distribuição de pedidos de maneira igualitária entre as modalidades de entregadores e que as taxas sejam reajustadas anualmente.
Conforme o movimento, as empresas prometeram reajustar a remuneração dos trabalhadores logo que a Petrobras anunciou o aumento de 19% na gasolina e 25% no diesel, mais ainda não cumpriram.
Greve unificada até o início de abril
O ato unificado entre motoristas e entregadores realizado hoje no
Rio de Janeiro prossegue nesta quarta-feira. Ao todo, foram
realizados protestos em 17 cidades brasileiras.
No Rio de Janeiro, a paralisação coincidiu com a greve dos motoristas do transporte rodoviário. A situação foi normalizada à tarde, com o retorno da circulação dos ônibus. Houve manifestação dos motoristas da Uber e 99 no Aeroporto Santos Dumont e ruas próximas. Em São Paulo, os motoristas de aplicativos anunciaram que não fariam corridas nesta segunda-feira e retomariam o movimento na sexta-feira, 1º, com uma concentração em frente ao Estádio do Pacaembu.
Em Belo Horizonte, de forma escalonada, haverá greve de ambas as categorias de hoje até domingo (3). À frente da mobilização estão os entregadores, que prometem paralisar completamente os serviços de delivery durante o fim de semana.
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