Reprodução/Montagem RBA
O custo médio da cesta básica, aferido pelo Dieese, aumentou em 11
capitais e caiu em seis no mês passado. No acumulado do ano, apenas
uma cidade não tem alta. Em 12 meses, os preços aumentam em todas,
variando até 38,56%, caso de Brasília. A inflação oficial está em
torno de 10% ao ano. Para comprar uma cesta, o trabalhador que
ganha salário mínimo gasta mais da metade de sua renda.
As maiores altas em setembro foram registradas em Brasília (3,88%). Campo Grande (3,53%), São Paulo (3,53%) e Belo Horizonte (3,49%). Já as quedas mais intensas ocorreram em João Pessoa (-2,91%) e Natal (-2,90%).
Alta generalizada
Na comparação com setembro de 2020, o preço médio da cesta básica
aumentou em todas as capitais. No acumulado deste ano, 16 das 17
capitais tiveram elevação, de 0,19% (Aracaju) a 13,05% (Curitiba).
A exceção foi Salvador (-0,05%). Em 12 meses, alta generalizada: de
4,25% (Salvador) a 38,56%. Depois vêm Campo Grande (28,01%), Porto
Alegre (21,62%) e São Paulo (19,54%).
A cesta mais cara foi calculada em São Paulo (R$ 673,45), enquanto a de menor custo foi a de Aracaju (R$ 454,03). Com base na primeira, o Dieese estimou em R$ 5.657,66, o salário mínimo necessário para as compras básicas de um trabalhador e sua família, ou 5,14 vezes o valor oficial (R$ 1.100). A proporção aumentou em relação a agosto (5,08).
Salário rende menos
O tempo médio para adquirir os produtos da cesta subiu para 115
horas e 2 minutos (113 horas e 49 minutos em agosto). Quem recebe o
salário mínimo líquido (já descontada a Previdência) comprometeu
56,53% de sua renda para adquirir os alimentos básicos. Também mais
do que no mês anterior (55,93%).
Segundo o Dieese, em setembro o preço do açúcar subiu em todas
as capitais, chegando a 11,96% em Belo Horizonte. Já o café
aumentou em 16, com alta de 15,69% em Goiânia. O óleo de soja teve
alta em 15 cidades e o preço do pão francês, em 14. Manteiga (12
cidades), leite integral (11) e carne bovina (11) também
registraram aumentos na maioria dos locais. Já o preço do feijão
caiu em 13 capitais e o do arroz, em 10.
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