Na
terça- feira , dia 29 de outubro, foram derrubados na Suprema Corte
argentina os últimos obstáculos contra uma das leis de regulação
dos meios de comunicação mais abrangentes e modernas do mundo.
Aprovada em 2009 pelo Congresso, a Lei dos Meios da Argentina acaba
com a reserva de mercado dos meios de comunicação, democratiza a
informação e estimula a pluralidade dos debates.
A Suprema Corte argentina reconheceu a
constitucionalidade de quatro artigos da Lei que estavam sendo
contestados pelo Grupo Clarín. Como parte da mídia brasileira, o
Clarín se opõe ferozmente à lei que, segundo eles, fere a liberdade
de expressão.
Nada mais
falso. Ao limitar monopólios, a Lei, na verdade, democratiza a
informação, dá voz aos que não têm acesso a jornais, revistas e
sites de notícias, garante a diversidade, dando aos cidadãos
e cidadãs o direito de conhecer várias opiniões sobre os temas em
discussão. Isso é liberdade de expressão. Isso ajuda a pessoa a
formar a sua própria opinião. E os juízes argentinos confirmaram
esses argumentos. Segundo eles, "é legítima uma lei que fixe
limites gerais a priori, porque dessa maneira se favorece a
liberdade de expressão ao impedir a concentração de
mercado".
No Brasil,
a liberdade de expressão está subordinada aos que detêm o monopólio
dos direitos de comercialização dos meios de comunicação.
Precisamos, urgentemente, de uma Lei similar à que foi aprovada na
Argentina.
E que fique
muito claro que defender o fim dos monopólios não é defender a
volta da censura, como afirmam os donos dos grandes grupos de
comunicação. Lutamos contra a censura e pela redemocratização do
Brasil e queremos a consolidação da democracia, jamais o
contrário.
Não
queremos normatizar o conteúdo da mídia e, sim, o negócio. O que
não podemos admitir é que apenas algumas famílias sejam donas, ao
mesmo tempo, de jornais impressos, emissoras de rádio e TV, portais
de internet, cabos de transmissão. Isso não acontece em quase
nenhum país do mundo democrático. Não queremos controlar os
instrumentos de construção de opinião que estão com a ala
conservadora da sociedade, mas creio que não pode ser só essa ala a
ter o direito de emitir e divulgar a sua
opinião.
Precisamos
ter instrumentos com capacidade de formar o Brasil inteiro;
necessitamos democratizar as comunicações para ter o contraditório,
que é essencial à construção de posicionamento e de opinião. No
Brasil, esse direito à informação e de construir opinião é negado à
maioria da população. Não tem cabimento, por exemplo, a CUT reunir
mais de 50 mil pessoas em Brasília (marcha de 6 de março) e a mídia
simplesmente ignorar este fato como se ele não tivesse ocorrido.
Esse fato é de interesse de toda a classe trabalhadora brasileira,
que é a maioria da população. Portanto, seria obrigação da mídia
divulgar, jamais esconder essa informação da
população.
A vitória
dos argentinos tem de ser comemorada por todos os setores
progressistas da América Latina e do mundo. Mais que isso, é um
exemplo a ser seguido. O governo brasileiro e o Congresso Nacional
têm obrigação de regular a mídia no País.
A sociedade
civil já deu o primeiro passo construindo o Projeto de Lei de
Iniciativa Popular por uma Mídia Democrática (PLIP). As entidades
que elaboraram o texto - movimentos sociais, incluindo a CUT e o
FNDC (Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação) -, já
estão colhendo assinaturas em um abaixo assinado para que o projeto
entre na pauta de votação do Congresso.
Não
existirá democracia no Brasil enquanto não houver democratização da
comunicação!
Com
informações da Agência FEM/CUTSP
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
Redação CNTTL
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