O principal
problema apontado por dirigentes CUTistas no modelo de privatização
dos aeroportos de Campinas (Viracopos), São Paulo (Guarulhos) e
Brasília, que é a questão do controle acionário, a manutenção da
administração dos aeroportos nas mãos do estado, continua sem
solução.
Até agora,
após a terceira reunião realizada entre representantes da
Secretaria de Aviação Civil (SAC), da Secretaria Geral da
Presidência da República e de sindicalistas da CUT, nada se falou
sobre a reivindicação dos dirigentes. Ou seja, garantir que a
Infraero seja acionista majoritária. Pela proposta do governo, a
Infraero deve ficar com no máximo 49% das ações do consórcio que
vai administrar os aeroportos.
Apesar deste
impasse, o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores),
Artur Henrique, e o presidente do SINA (Sindicato Nacional
dos Aeroportuários), Francisco Lemos, consideram fundamental o fato
da presidenta Dilma Rousseff ter determinado a abertura dessa
mesa de diálogo, cujo objetivo é discutir a proposta do governo e
apresentar alternativas que serão avaliadas pela
presidenta.
Ontem, a CUT e
o SINA entregaram aos técnicos da SAC um documento com as propostas
dos trabalhadores que reivindicam que as mesmas sejam inseridas no
contrato de concessão.
Para o
presidente da CUT, o principal, que é o modelo de concessão que
prevê maioria das ações (51%) para a iniciativa privada, que,
portanto, ficará com o controle da Infraero, não está sendo
colocado à mesa para debate.
A origem do
impasse, segundo Artur Henrique, é o modelo de concessão que
estamos criticando desde o inicio. Para a CUT, disse ele, o governo
precisa manter o controle acionário da Infraero.
“Apesar do
impasse, queremos continuar discutindo alternativas ao modelo.
Queremos o Estado como indutor do desenvolvimento. Até mesmo
porque, o projeto terá altos investimentos bancados pelo BNDES. Se
o BNDES vai bancar, por que não emprestar para a
Infraero?”
As principais
preocupações dos dirigentes sindicais CUTistas são com relação a
possibilidade da iniciativa privada aumentar as tarifas, piorar a
qualidade do serviço e reduzir os direitos dos
trabalhadores.“São pontos
fundamentais para nós”, concluiu Artur.
Principais itens da proposta dos trabalhadores são:
1 – Infraero majoritária, com, no mínimo, 51% das ações para manter o controle da parceria.
2 – Atividades fins nos terminais aeroportuários e terminais de logística de carga, atividades de operações, segurança, navegação e cargas aéreas, bem como o controle tarifário, devem ficar com a Infraero, tendo em vista sua competência e experiência que será fundamental para a obtenção do produto final ofertado aos usuários e passageiros.
3 – Cláusulas de barreiras às atividades essenciais terceirizadas devem constar no contrato de concessão. A justificativa é que, experiências em outros setores privatizados demonstraram que é essencial se precaver para evitar futuros problemas, como passivo trabalhista e desnivelamento e desestabilidade no modelo operacional.
4 – Cláusulas de barreira às empresas que respondem na Justiça por descumprimento de contratos ou abandono de projetos, como também nos casos em que a Infraero responde juridicamente processos movidos pelas empresas privadas.
Com informações da CUT
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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