Há dois anos, Peterson Patrício
trabalha como técnico no Departamento de Cargas do TECA-GRU Airport
(Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional de Guarulhos) –
considerado o maior em volume da América Latina. Ele faz parte do
quadro de 1.717 funcionários contratados pela Concessionária, que
assumiu o controle de operações em 2013. Junto com os contratados
pela GRU trabalham mais 600 aeroportuários da Empresa Brasileira de
Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) -- que pelo regime de
concessão do governo federal detém 49% das ações do Aeroporto.
(foto: Peterson e Tavares na sala do
SINA no Aeroporto- crédito: Mídia Consulte)
Hoje, ele assume outra missão importante: é o primeiro trabalhador
eleito pelos funcionários do GRU Airport a fazer parte do Conselho
da Administração da Concessionária, formado por altos executivos e
membros da Infraero, que representam o governo federal.
Essa conquista foi alcançada graças ao Sindicato Nacional dos
Aeroportuários (SINA/CUT). “Conseguimos com muita luta colocar no
edital e no contrato de concessão a previsão da eleição de um
trabalhador como membro deste Conselho. Isso é uma conquista
fantástica, que não é comum nas empresas privadas”, explica o
diretor jurídico do SINA, Marcelo Tavares, funcionário na
Infraero há 19 anos. Começou como fiscal de pátio e hoje é
instrutor de legislação operacional.
O Portal da CNTT/CUT conversou com os companheiros Tavares
e Peterson, na sala do SINA, no Aeroporto de Guarulhos, no último
dia (16). Peterson falou sobre a sua indicação ao Conselho, a
importância da parceria com o SINA e o que espera à frente deste
novo desafio. Confira a seguir:
CNTT/CUT: Quando você começou
a trabalhar no Aeroporto de Guarulhos?
Peterson: Tenho 28 anos de idade, sou solteiro,
moro em São Matheus, zona leste de São Paulo, em uma região
periférica. Tenho experiência na área de logística. Comecei no
Aeroporto na primeira turma da operação em 1º de novembro de 2012
-- período da transição entre a Infraero e a Concessionária, GRU
Airport, que assumiu em fevereiro de 2013 as operações no
Aeroporto. Atuo no Departamento de Cargas do TECA, na área de
liberação e importação. Minha responsabilidade é apresentar os
resultados sobre cargas. Eu entrego cargas, sou fiel depositário,
faço a entrega, liberação e expedição das cargas armazenadas no
departamento de importação.
CNTT: Quantas cargas são despachadas
diariamente?
Peterson: Não é possível calcular a quantidade
exata, porque cada documento tem uma quantidade variada. Já
chegamos a bater metas de 2.500 documentos por dia, isso pode
representar uma quantidade de 50 a 100 mil volumes de
cargas.
CNTT: Qual é a
importância de participar do SINA?
Peterson: Eu sempre participei dos sindicatos de
trabalhadores das empresas em que eu atuei. Para mim o Sindicato
tem um papel importante dentro das instituições, ele é o órgão que
briga pelos direitos dos trabalhadores.
CNTT: Você foi eleito membro do Conselho Administrativo do
GRU Airport. Conte-nos como foi a eleição?
Peterson: A eleição aconteceu no início deste ano
e no total foram 720 votos. Disputaram junto comigo quatro
trabalhadores. Eu era o único do TECA na disputa. Fui eleito com
quase 270 votos.
CNTT: Como funciona o Conselho?
Peterson: Ainda não tivemos uma reunião com
o Conselho, fizemos apenas uma apresentação formal. O
Conselho é composto por nove conselheiros, sendo cinco eleitos
pelos acionistas da empresa, três pela Infraero e eu que fui eleito
pelos funcionários do chão do Aeroporto.
CNTT: Quais são as suas
propostas para este Conselho?
Peterson: Precisamos de um Grêmio para todos.
Somos atualmente 1.717 trabalhadores. Quem trabalha no Aeroporto
sabe que a rotina é muito estressante, por isso, é fundamental uma
área recreativa e de lazer para as pessoas relaxarem e aproveitarem
com seus familiares. O primordial hoje seria um espaço para que o
funcionário pudesse relaxar na hora do almoço, praticar um esporte,
fazer algo para distrair a mente. É importante o SINA participar
deste processo. A Concessionária como empresa pode ceder o
espaço e o Sindicato deve representar os
funcionários.
CNTT: Como você imagina o
Aeroporto em 2032, quando terminará o prazo de
concessão?
Peterson: Hoje atendemos cerca de 30 milhões
de passageiros por ano. Acredito que, com os investimentos que
estão sendo feitos, alcançará a marca de 65 milhões de passageiros
por ano. O Brasil precisa disso, somos a porta de entrada para o
mundo.

Peterson e Tavares na sala do
SINA no Aeroporto de Guarulhos - crédito: Mídia
Consulte
Viviane Barbosa, da Redação da CNTT/CUT
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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