Em nota oficial divulgada nesta terça-feira (13) por seu presidente
nacional, Vagner Freitas, a CUT contesta ponto por ponto
as justificativas apresentadas pelo presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, para revogar o semiaberto
e o direito ao trabalho que Delúbio Soares exercia há 112
dias na Central.
No documento, a CUT prova a legalidade de sua decisão de
contratar Delúbio, manifesta a “estranheza” que o presidente
da Corte tome a decisão quase seis meses após a contratação do
empregado e repele as “insinuações” levantadas pelo ministro na
decisão com que proibiu o trabalho legal de acordo com a lei do
fundador e ex-dirigente da central.
Confira a íntegra da nota:
Nota da CUT sobre a revogação da autorização de trabalho
de Delúbio Soares
Tendo em vista a decisão do Presidente do Supremo Tribunal Federal,
Sr. Joaquim Barbosa, de revogar a autorização de trabalho para o
Sr. Delúbio Soares, como assessor da Central Única dos
Trabalhadores (CUT), em vigor desde o dia 20 de janeiro de 2014,
vimos manifestar nossa estranheza com o conteúdo da decisão do
magistrado.
Ao formularmos a oferta de emprego cumprimos com todas as
exigências solicitadas pela Vara de Execução Penais (VEP) do
Distrito Federal. E, depois, com os compromissos assumidos no Termo
de Compromisso do Empregador, assinado por nosso representante
legal no dia 18 de dezembro de 2013.
Diferente do que o presidente do STF afirma em sua decisão “…
tampouco há registro de quem controla a sua frequência e a sua
jornada de trabalho, muito menos de como se exerce a indispensável
vigilância”, nomeamos três responsáveis legais pelo controle das
atividades e frequência do Sr. Delúbio Soares, que estão
devidamente registrados no Termo de Compromisso do Empregador acima
citado.
A CUT, protocolou na Vara de Execuções Penais do Distrito
Federal todas as folhas de frequência do
Sr. Delúbio Soares, que são comuns a todos os
funcionários da CUT, de acordo com o item 4 do Termo de
Compromisso do Empregador e prestou todas as informações
solicitadas pela VEP, inclusive durante as visitas
regulamentares de fiscalização do Poder Público em nossa sede.
A CUT sempre esteve e estará à disposição da fiscalização
das autoridades competentes.
Estranheza
Também manifestamos estranheza quando o presidente do Supremo alega
que é preciso que a empresa tenha convênio com o Estado porque
quando assinamos o Termo de Compromisso do Empregador autorizamos
que a CUT fosse automaticamente cadastrada no Programa
Começar de Novo do Conselho Nacional de Justiça em parceria com o
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, conforme o
item 11 do referido Termo.
Durante esse período a CUT responsabilizou-se pelo
transporte do Sr. Delúbio, que em nenhum dia chegou atrasado
ao Centro de Progressão Penitenciária, não fez nenhuma refeição
fora do escritório da CUT, nunca esteve desacompanhado no
escritório, foi devidamente registrado dentro do prazo
regulamentar, dentre outras determinações do referido
Termo.
Em nenhum momento escondemos que a oferta de emprego ao Sr. Delúbio
foi feita por ele ter pertencido aos quadros diretivos de nossa
Central. Tanto que no Termo Compromisso a VEP fez o seguinte
registro sobre o Sr. Delúbio: “O sentenciado é fundador da Central
Única dos Trabalhadores e conhecedor de toda a sua história e
trajetória, além da qualificação profissional que justificam a
referida contratação.”
Portanto, não entendemos porque somente após 112 dias de trabalho o
magistrado venha insinuar que a proposta de emprego formulada pela
CUT seja um meio de “frustrar o seu cumprimento” da
pena.
Finalmente, a CUT rejeita qualquer insinuação de estar vinculada a
qualquer partido político. Somos uma Central independente e
autônoma. Seguimos nossos estatutos. O artigo 4º. Inciso I, letra
“c” do estatuto da CUTdetermina que a Central deve “desenvolver sua
atuação e organização de forma independente do Estado, do governo e
do patronato, e de forma autônoma em relação aos partidos e
agrupamentos políticos, aos credos e às instituições religiosas e a
quaisquer organismos de caráter programático ou
institucional”.
A CUT reafirma seus compromissos assumidos e cumpridos
integralmente com as autoridades competentes e coloca-se a
disposição para quaisquer esclarecimentos necessários em todas as
instâncias.
Vagner Freitas
Presidente Nacional da CUT
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