O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
discursou na quarta-feira (7), em Angola sobre o combate à
fome e à miséria no Brasil e como a experiência brasileira pode
servir de estímulo ao desenvolvimento de políticas públicas em
Angola e em todo o continente africano. Lula e a ex-ministra do
Desenvolvimento Social, Márcia Lopes, participaram nesta tarde
juntamente com a ministra angolana do Comércio e Combate à Pobreza,
Rosa Pacavira, do seminário “Experiências do Combate à Fome e à
Pobreza em Angola e no Brasil”, organizado pelo Instituto Lula e
Fundação José Eduardo dos Santos.
O auditório em Luanda, capital angolana, estava lotado com mais de
mil representantes do governo, do congresso, de partidos políticos
e de ONGs, além de acadêmicos e jornalistas angolanos, reunidos
para ouvir sobre as políticas públicas de Angola e do Brasil para
reduzir a pobreza e promover o desenvolvimento econômico.
Em um discurso de 50 minutos, Lula lembrou a trajetória do Brasil
de decidir encarar como prioridade, o problema da pobreza e da
fome. “O que aconteceu no Brasil foi resultado do nosso acúmulo
histórico”. Logo no início, Lula deixou claro que a experiência
brasileira não é para ser repetida em nenhum país, porque cada um
tem suas peculiaridades, mas serve como estímulo para o
desenvolvimento de soluções próprias. “Eu queria provar que era
possível fazer aquilo que eu reivindicava que os outros fizessem”.
A diferença foi governar para todos. “no Brasil, antes de nós
chegarmos ao governo, se dava como certo que 35% tinham que ter
quase tudo e o resto tinha que ser pobre”.
Lembrando a superação de preconceitos na sua história de vida,
carreira política e no exercício da Presidência, e enumerando os
resultados das políticas públicas brasileiras desses últimos 11
anos, Lula emocionou e foi interrompido em diversas passagens por
aplausos, especialmente quando defendeu a urgência do combate à
pobreza. “Aqueles que têm fome não podem esperar. É sagrado colocar
essas pessoas como tarefa obrigatória. É para eles que se deve
governar”.
Lula reiterou que recursos para os mais pobres não podem ser
considerados gasto, mas sim como investimento. “Quanto damos
dinheiro aos pobres, a gente não está gastando, mas investindo para
que ele se transforme em um cidadão na sua plenitude”. O
ex-presidente criticou a ideia de que apenas políticas
voluntaristas são suficientes para acabar com a fome. “A fome tem
de ser enfrentada por políticas de Estado.”
Antes do ex-presidente, a ministra Rosa Pacavira falou dos
programas sociais angolanos, coordenados por uma comissão de 12
ministros, com investimentos de cerca de US$ 790 milhões anuais e
dos esforços feitos em Angola para levar os serviços básicos a toda
a população. Ela falou também sobre como aprendeu, com o Brasil e
outros países, sobre experiências que serviram de subsídios para as
ações do governo de Angola. “Adaptamos os programas a nossas
realidades locais. Estamos aqui para ouvir o que o Brasil traz de
experiência. Começamos há quatro anos, o senhor começou há mais
tempo, e por isso queria ouvir sua experiência.”
Márcia Lopes, ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome, e atual consultora da FAO, elogiou a iniciativa de Angola de
fazer um censo este mês, que dará mais clareza sobre a população do
país que precisa de políticas sociais e seus efeitos. Márcia também
lembrou que o ex-presidente sempre defendeu a cooperação
internacional. “O Brasil não pode se desenvolver sozinho.
Precisamos que a América Latina e a África venham juntos conosco”.
O ex-presidente Lula seguiu para a Nigéria após o seminário.
Ouça aqui o áudio completo: https://soundcloud.com/institutolula/lula-em-angola-antes-35-tinha-que-ter-quase-tudo-e-o-resto-tinha-que-ser-pobre
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