Após dois dias de uma longa
negociação, na sede do Ministério do Trabalho em São Paulo, o
impasse na Campanha Salarial dos aeroviários da CUT continua. A
data-base da categoria venceu em dezembro de 2013, e os
trabalhadores estão descobertos dos seus direitos.
Dirigentes da Federação dos Trabalhadores na Aviação Civil
(FENTAC/CUT), que representam os sindicatos dos aeroviários
cutistas, disseram ao Portal da CNTT/CUT que
“falta sensibilidade das empresas aéreas” para negociar os direitos
sociais. “Eles se recusam em compreender e respeitar o anseio dos
trabalhadores em ter no mínimo alguma melhoria nas cláusulas
sociais, uma vez que os salários são de miséria”, argumenta o
presidente do Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos (Sindigru/CUT)
e diretor administrativo da FENTAC/CUT, Orisson Melo.
Uma das principais reivindicações dos trabalhadores que causou
resistência por parte do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas
(SNEA) foi a ampliação da licença maternidade de 120 para 180 dias.
“Falamos da importância do programa do governo federal que concede
benefícios fiscais para as empresas que concederem a licença
maternidade de 180 dias. Mas as companhias aéreas permaneceram
truculentas”, relatou Melo.
Outra reivindicação dos aeroviários negada pelo SNEA foi a criação
de um piso para agente de Chek-in.
Justiça
O sindicalista também reclamou que as companhias aéreas acabaram
com o sistema de faixas salariais sem reajustar o teto, fato que
prejudicou centenas de trabalhadores que tinham o direito a receber
a cesta básica e foram lesados de forma vergonhosa.
“Conquistamos uma cláusula que vetava qualquer mudança e as
empresas mudaram sem nos consultar. Vamos à Justiça exigir que as
companhias aéreas devolvam este dinheiro que foi retirado
indevidamente”, explicou.
Caso tenham aeroviários que recebiam qualquer valor referente à
cesta básica em dezembro de 2013 e hoje não recebem mais, Melo
orientou a procurar imediatamente o Sindicato.
Ainda não há nova data de negociação da Campanha Salarial com o
SNEA.
Greve na Copa
Se o impasse na Campanha continuar, tudo caminha para que os
aeroviários da base da CUT organizem greves durante os jogos da
Copa do Mundo da FIFA no Brasil, que iniciará em 12 de junho. No
total, estão em Campanha Salarial na base da FENTAC/CUT mais de 40
mil aeroviários dos aeroportos de Guarulhos, Porto Alegre,
Campinas, Recife e das bases do Sindicato Nacional dos Aeroviários
(SNA/CUT).
Principais reivindicações dos aeroviários da
CUT
- Reposição da Inflação e aumento real
- Reajustes nos pisos salariais para: auxiliares de serviços gerais
e de manutenção de aeronaves; agente de proteção; operador de
equipamento; mecânico de manutenção de aeronaves e
despachante/agente de check in/aeroporto;
Criação de piso para agente de check-in.
- Vale refeição R$ 16,66 para os aeroviários com jornada de
trabalho de até 06 horas, e de R$ 22,72 para os demais;
-Seguro de vida: total ou parcial, no valor de R$ 20.000,00;
- Cesta básica de R$ 334,42;
- Jornada de trabalho de 36 horas semanais, exceto para os
aeroviários que laborem em funções administrativas, que neste caso
será de 40 horas semanais;
- Prorrogação da licença maternidade para 60 dias;
- Creche e/ou escola de educação infantil para filhos de
aeroviários e aeroviárias.
Viviane Barbosa,
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