"Vimos a público pedir desculpas e
corrigir dois erros nos resultados de nossa pesquisa “Tolerância
social à violência contra as mulheres”, divulgada em 27/03/2014. O
erro relevante foi causado pela troca dos gráficos relativos aos
percentuais das respostas às frases “Mulher que é agredida e
continua com o parceiro gosta de apanhar” e “Mulheres que usam
roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”
Corrigida a troca, constata-se que a concordância parcial ou total
foi bem maior com a primeira frase (65%) e bem menor com a segunda
(26%). Com a inversão de resultados entre as duas questões,
relatamos equivocadamente, na semana passada, resultados extremos
para a concordância com a segunda frase, que, justamente por seu
valor inesperado, recebeu maior destaque nos meios de comunicação e
motivou amplas manifestações e debates na sociedade ao longo dos
últimos dias.
O outro par de questões cujos resultados foram invertidos refere-se
a frases de sentido mais próximo, com percentuais de concordância
mais semelhantes e que não geraram tanta surpresa, nem tiveram a
mesma repercussão. Desfeita a troca, os resultados corretos são os
que seguem. Apresentados à frase “O que acontece com o casal em
casa não interessa aos outros”, 13,1% dos entrevistados discordaram
totalmente, 5,9% discordaram parcialmente, 1,9% ficou neutro (não
concordou nem discordou), 31,5% concordaram parcialmente e 47,2%
concordaram totalmente. Diante da sentença “Em briga de marido e
mulher, não se mete a colher”, 11,1% discordaram totalmente, 5,3%
discordaram parcialmente, 1,4% ficaram neutros, 23,5% concordaram
parcialmente e 58,4% concordaram totalmente.
A correção da inversão dos números entre duas das 41 questões da
pesquisa enfatizadas acima reduz a dimensão do problema
anteriormente diagnosticado no item que mais despertou a atenção da
opinião pública. Contudo, os demais resultados se mantêm, como a
concordância de 58,5% dos entrevistados com a ideia de que “se as
mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros”. As
conclusões gerais da pesquisa continuam válidas, ensejando o
aprofundamento das reflexões e debates da sociedade sobre seus
preconceitos. Pedimos desculpas novamente pelos transtornos
causados e registramos nossa solidariedade a todos os que se
sensibilizaram contra a violência e o preconceito e em defesa da
liberdade e da segurança das mulheres.
Rafael Guerreiro Osorio* e Natália Fontoura -
Pesquisadores da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais
(Disoc/Ipea) e autores do estudo
* O diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea pediu sua
exoneração assim que o erro foi detectado.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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