Leia a íntegra da nota:
Somos mulheres e exigimos respeito!
Nós, mulheres reunidas no Coletivo Nacional de Mulheres da CUT nos
dias 1 e 2 de abril de 2014, vimos com muita preocupação os
resultados da pesquisa "Tolerância social à violência contra as
mulheres" realizada pelo do Instituto de Pesquisas Econômicas
Aplicadas (IPEA).
De acordo com os resultados da pesquisa, a maioria dos homens
entrevistados considera que as mulheres seriam "provocadoras" do
estupro devido à maneira como se comportam. Muitos entrevistados,
apesar de concordarem que "marido que bate na mulher" deve ser
preso, acreditam que as brigas de casais devem ser resolvidas entre
quatro paredes.
Em nossa sociedade a violência é a faceta mais cruel das
desigualdades entre homens e mulheres e acontece toda vez que somos
desqualificadas, agredidas, associadas a objetos de posse ou
submetidas ao poder dos homens. Durante muito tempo a violência foi
considerada um problema das famílias ou exclusivo das mulheres. No
entanto, estamos nas ruas, sindicatos e redes para dizer que a
violência contra as mulheres é um assunto público e político. Por
isso, em se tratando de briga de "marido e mulher nós metemos a
colher".
Não toleramos a violência contra as mulheres e tampouco o discurso
que atribui às próprias mulheres a culpa pela violência que sofrem.
Refutamos a imposição de um padrão de comportamento para as
mulheres e afirmamos que nossos corpos não estão à disposição do
desejo dos homens. Estamos em luta para reafirmar que somos
mulheres livres e trabalhadoras e que nada justifica a violência
contra a mulher! Somos livres para usar a roupa que considerarmos
adequadas e estamos unidas para denunciar e cobrar a punição dos
agressores e assediadores, seja, no transporte público, na rua, no
ambiente de trabalho ou doméstico!
Nós, mulheres trabalhadoras, moradoras da periferia e de bairros
pobres vivemos a violência cotidiana da ausência de iluminação
pública e segurança, o que nos coloca em constante estado de alerta
diante de um possível agressor. Também sofremos com o transporte
público precário e com o assédio dentro dos ônibus, trens e
metrô.
Portanto, garantir o fim da impunidade também é nossa exigência.
Reconhecemos que a Lei Maria da Penha significou um grande avanço,
demonstrando que a violência contra a mulher não pode ser
esquecida, mas deve ser julgada e punida. Essa conquista não se
constitui como um ponto de chegada, mas um estímulo para que o
Estado potencialize suas medidas para prevenir e coibir a violência
contra a mulher e para estimular que mais mulheres rompam o
silêncio, denunciem seus agressores e busquem apoio. Temos que
conquistar mais delegacias especializadas no combate à violência
contra a mulher e maior articulação de políticas públicas para as
mulheres junto a setores como educação, transporte, saúde e
segurança.
Coletivo Nacional de Mulheres da
CUT
Redação e CUT Nacional
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