DF:Manifestantes realizam ato em frente à casa do torturador Brilhante Ustra

O ato aconteceu em Brasília na segunda e marcou os 50 anos do Golpe Militar no Brasil.


Publicação: 01/04/2014
Imagem de DF:Manifestantes realizam ato em frente à casa do torturador Brilhante Ustra

Para amenizar os males promovidos pelo regime militar, Militantes do Levante Popular da Juventude do DF e Entorno, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) realizaram um ato em frente à casa do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, na tarde de segunda-feira, 31, em Brasília.
Ustra foi um dos principais agentes do regime durante alguns dos piores anos da ditadura. Conhecido pelos seus pares e suas vítimas como “Dr. Tibiriçá”, foi chefe do Doi-CODI de São Paulo, entre 1970 e 1974. Estima-se que ele tenha comandado, pessoalmente, mais de 500 sessões de tortura em pessoas que lutavam contra a ditadura militar no Brasil.

 

 Em liberdade 
Brilhante Ustra, hoje com 81 anos, vive numa confortável casa no bairro do Lago Norte, um dos mais nobres da capital da República. Foi o único torturador da história do Brasil a receber uma condenação da Justiça, em primeira instância, por esse crime de lesa-humanidade. Porém, continua livre.
 No ato desta segunda-feira, os militantes gritaram e cantaram palavras de ordem e pintaram o asfalto em frente à casa com os dizeres “aqui mora um torturador”. Também afixaram cartazes de pessoas mortas pela ditadura.
Havia dois carros estacionados na garagem, mas ninguém saiu à porta. Após a saída dos manifestantes, alguns jornalistas conseguiram falar com uma mulher que se identificou como esposa de Ustra. Segundo os repórteres, ela chamou os responsáveis pelo escracho de “baderneiros” e confirmou que Ustra estava em casa no momento do ato.
De acordo com Bárbara Loureiro, do Levante no DF, a data foi escolhida para não deixar em branco o dia que marca meio século do golpe. “O Levante Popular da Juventude vem a público gritar em alto e bom som que nós não esqueceremos das barbaridades que o Ustra cometeu sob o manto do Doi-CODI”, explicou.Para Francis Rocha, também do Levante DF, é preciso denunciar que o Brasil, diferentemente de outros países da América Latina, não julgou nem prendeu os militares que cometeram crimes de lesa-humanidade. “Aqui, finge-se que nada aconteceu. É como se o coronel Ustra dissesse na cara de todos: ‘eu torturei, matei, ocultei cadáveres e continuo vivo com meu salário e quero morrer anônimo’”, afirmou.

 

 Protestos na Esplanada
Após a manifestação, os militantes seguiram para a Esplanada dos Ministérios e, em frente ao Congresso Nacional, fixaram 1.196 cruzes no gramado, em memória aos camponeses mortos durante o regime militar. Até hoje, o Estado reconheceu apenas 29 casos de tortura e morte de trabalhadores e militantes políticos do meio rural.

Redação com informações do Brasil de Fato

 

 

 

 

 

 

 

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