“A greve é nosso direito legítimo, mas sempre priorizamos a negociação”, destaca Paulinho

Os advogados do Movimento Brasil União Caminhoneiro, Luís Carlos Campos, e da CNTT/CUT e do Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba, Vinicius Rosa, falaram sobre os interditos proibitórios.


Publicação: 30/03/2014
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   “Não se avalia a paralisação pela quantidade, mas pela sua qualidade. Greve não nos interessa. Temos que avançar na negociação e a mobilização permanente é nosso dever”. A frase é do presidente da CNTT/CUT, Paulinho, (foto - crédito: Dino Santos) que mediou a mesa do Seminário de Logística da CUT, realizada no dia 27 de março, que divulgou o diagnóstico das greves no setor de transportes no Brasil.
    Os dados são do Sistema de Acompanhamento de Greves (SAG), desenvolvido e mantido pelo Departamento Intersindical de Estudos Socieconômicos (Dieese), que reúne informações das greves de trabalhadores realizadas no Brasil desde 1978 e conta atualmente com mais de 27 mil registros.
    O sociólogo da Subseção do Dieese da CUT Nacional, Rafael Serrao, mostrou que o Brasil registrou, em 2012, 873 greves, sendo que  59 delas (quase 7%) foram no setor de logística/transportes.
 
Interditos proibitórios
    Os dados também mostram uma realidade vivida por outras categorias profissionais: a interferência da Justiça nas greves. Os chamados “interditos proibitórios”, quando a empresa aciona a Justiça para barrar e penalizar o Sindicato com multas altíssimas, têm sido comuns.
    Os advogados do Movimento Brasil União Caminhoneiro, Luís Carlos Campos, e da CNTT/CUT e do Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba, Vinicius Augustus Fernandes Rosa, falaram sobre o tema. “Os transportadores autônomos de cargas são muito explorados, não têm direitos trabalhistas. É comum os empresários usarem a mão de obra deles para aumentarem seus lucros. Os autônomos não realizam greve, a Constituição assegura o direito à manifestação. Se nos incluísse nos dados do Dieese aumentaria bastante as estatísticas”, salienta Luis Campos.
    O assessor jurídico da CNTT disse que o poder econômico e a mídia, que faz uma cobertura tendenciosa e  negativa da greve, exercem muita influencia no judiciário. “Os interditos visam acabar com o movimento grevista, que é um direito assegurado em Constituição. Têm liminares que obrigam a manutenção de  até 90% da frota”.
    Outra grave questão apontada por Vinicius é a perseguição do judiciário contra os dirigentes que participam das paralisações. “Tivemos vários casos em que os sindicalistas ficaram presos e outros que foram demitidos por justa causa. Isso é um absurdo, nos dias de hoje”, concluiu.


À frente, dirigentes do Sincoverg/CUT acompanham palestras - foto: Dino Santos



De vermelho, o ex-presidente da FENTAC/CUT, Celso Klake - foto: Dino Santos



Fotos do evento
A cobertura fotográfica realizada pelos fotógrafos profissionais Dino Santos e Dorival Elze estão disponíveis no nosso flickr: galeria CNTT

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Viviane Barbosa, editora do Portal da CNTT/CUT



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