“Não se avalia a paralisação pela
quantidade, mas pela sua qualidade. Greve não nos interessa. Temos
que avançar na negociação e a mobilização permanente é nosso
dever”. A frase é do presidente da CNTT/CUT, Paulinho, (foto - crédito: Dino Santos) que
mediou a mesa do Seminário de Logística da CUT, realizada no dia 27
de março, que divulgou o diagnóstico das greves no setor de
transportes no Brasil.
Os dados são do Sistema de Acompanhamento de
Greves (SAG), desenvolvido e mantido pelo Departamento
Intersindical de Estudos Socieconômicos (Dieese), que reúne
informações das greves de trabalhadores realizadas no Brasil desde
1978 e conta atualmente com mais de 27 mil registros.
O sociólogo da Subseção do Dieese da CUT
Nacional, Rafael Serrao, mostrou que o Brasil registrou, em 2012,
873 greves, sendo que 59 delas (quase 7%) foram no setor de
logística/transportes.
Interditos proibitórios
Os dados também mostram uma realidade vivida por
outras categorias profissionais: a interferência da Justiça nas
greves. Os chamados “interditos proibitórios”, quando a empresa
aciona a Justiça para barrar e penalizar o Sindicato com multas
altíssimas, têm sido comuns.
Os advogados do Movimento Brasil União
Caminhoneiro, Luís Carlos Campos, e da CNTT/CUT e do Sindicato dos
Rodoviários de Sorocaba, Vinicius Augustus Fernandes Rosa, falaram
sobre o tema. “Os transportadores autônomos de cargas são muito
explorados, não têm direitos trabalhistas. É comum os empresários
usarem a mão de obra deles para aumentarem seus lucros. Os
autônomos não realizam greve, a Constituição assegura o direito à
manifestação. Se nos incluísse nos dados do Dieese aumentaria
bastante as estatísticas”, salienta Luis Campos.
O assessor jurídico da CNTT disse que o poder
econômico e a mídia, que faz uma cobertura tendenciosa e
negativa da greve, exercem muita influencia no judiciário. “Os
interditos visam acabar com o movimento grevista, que é um direito
assegurado em Constituição. Têm liminares que obrigam a manutenção
de até 90% da frota”.
Outra grave questão apontada por Vinicius é a
perseguição do judiciário contra os dirigentes que participam das
paralisações. “Tivemos vários casos em que os sindicalistas ficaram
presos e outros que foram demitidos por justa causa. Isso é um
absurdo, nos dias de hoje”, concluiu.

À frente, dirigentes do
Sincoverg/CUT acompanham palestras - foto: Dino
Santos

De vermelho, o
ex-presidente da FENTAC/CUT, Celso Klake - foto: Dino
Santos
Fotos do evento
A cobertura fotográfica realizada pelos fotógrafos profissionais
Dino Santos e Dorival Elze estão disponíveis no nosso flickr:
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