O líder do
PT na Câmara, deputado Vicentinho (PT-SP), denunciou na tarde de
quinta-feira, 20, o que chamou de movimento que visa a
desconstrução da Petrobras, capitaneado pela oposição PSDB/DEM e
setores movidos por interesses antinacionais. Segundo o líder
petista, esse movimento não é de hoje e remonta aos tempos em que a
oposição era governo, no período Fernando Henrique Cardoso
(1995-2002), durante o qual houve a tentativa de retalhar a estatal
para privatizá-la. "Chegaram até a propor a mudança de nome da
empresa para Petrobrax", lembrou Vicentinho. Para ele, os ataques
contínuos à estatal têm claro objetivo político e eleitoral.
(Foto:
Divulgação)
Ele lembrou, por exemplo, a recente aprovação, pela Câmara, de uma
comissão externa para investigar denúncias contra supostas
irregularidades na empresa, "mas sem ter até agora nenhum fato
concreto para observar", já que sem baseia em noticiário da
imprensa, sem documentos e nem fontes. "Eu só estou de olho para
saber se vai lá [na Holanda] para passear e gastar dinheiro
público", acrescentou.
De acordo com Vicentinho, a ação eleitoreira da oposição é
irresponsável. Ele citou também a estridência da oposição e de
parte da mídia pela compra de uma refinaria, pela Petrobras, nos
EUA. "O caso da compra da refinaria não é novo, faz anos e vieram
colocar exatamente agora", destaca. O líder do PT reforçou que toda
denúncia deve ser apurada, já que "a verdade tem que prevalecer em
qualquer circunstância", mas ressalvou: "Por que agora? Por que no
período pré-eleitoral?".
Escândalo de FHC
Para o líder do PT é preciso ir com cuidado. "Não houve um erro de
avaliação, mas um erro de previsão", disse ele, em relação à compra
da refinaria nos EUA, pela Petrobras. Ele frisou que, mais grave
que a compra da refinaria, foi a Petrobras comprar, durante o
governo FHC, ações da empresa petrolífera Bahia Blanca, na
Argentina, pertencente a um grupo espanhol que recebeu, em
contrapartida, 30% da Refinaria Alberto Pasqualini, no Rio Grande
do Sul, 10% do campo de Albacora Leste e 750 postos de combustíveis
da BR Distribuidora.
A avaliação feita na época estimava que cada parte que uma
entregava à outra valia cerca de US$ 500 milhões; o contrato de
troca foi assinado por Henri Philippe Reichstul, o presidente da
Petrobras que ficou marcado por tentar mudar o nome da empresa para
Petrobrax. Segundo o líder, a operação foi num momento de
turbulência, às vésperas de uma desvalorização cambial na
Argentina, o que causou um prejuízo de mais de R$ 3 bilhões à
estatal brasileira. "Até o Maradona sabia que o dólar iria cair e a
Petrobras comprou, fez a transação três dias antes da queda do
dólar", frisou Vicentinho, observando que naquele momento não se
promoveu na mídia brasileira o escândalo que se faz por causa da
refinaria nos EUA.
CPI
Vicentinho reforçou que o governo não teme a criação de nenhuma CPI
, mas alertou que qualquer tentativa nesse sentido é direcionada
para a oposição tentar tirar proveito político e eleitoral. "Está
muito claro o jogo aqui nesta Casa. O jogo não é apurar se está
certo ou se está errado. O jogo é atacar a presidenta Dilma",
criticou.
De acordo com o líder petista, o que se discute no caso da
Petrobras é uma decisão técnica, tomada por um conselho com base em
relatórios de consultorias internacionais. "Porque é que não foi
criada uma comissão especial para investigar o caso do Metrô de São
Paulo? Por que lá na Assembléia Legislativa de São Paulo a base do
governo do PSDB não permitiu a abertura de nenhuma CPI para
investigar o caso Alstom?" questionou.
As denúncias envolvendo um cartel de empresas fornecedoras ao
governo tucano paulista – propinas em trocas do fornecimento de
produtos e serviços superfaturados - não têm tido grande
repercussão na mídia. Um levantamento feito pela assessoria técnica
da bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo mostra que,
desde 1990, os contratos das empresas do cartel com o governo
paulista somam 618. Em volume financeiro, eles chegam a R$ 40
bilhões, em valores atualizados. Os cálculos sobre desvios de
recursos públicos variam de R$ 500 milhões a R$ 2 bilhões.
Nota oficial
Vicentinho também leu, em plenário, a nota da Presidência da
República explicando que a decisão da Petrobras de realizar uma
parceria estratégica com a empresa Astra Oil, na Refinaria de
Pasadena, ocorreu no contexto anterior à descoberta dos campos do
pré-sal, no Brasil, e à crise econômica de 2008.
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