Nesta
sexta-feira, dia 21, Dia Internacional contra a Discriminação
Racial, a Secretaria Estadual de Combate ao Racismo da CUT São
Paulo, a SOS Racismo e outras entidades promovem o Ato “Madiba
Vive”, em homenagem a Nelson Mandela, às 18h, na Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). (Arte: Divulgação)
O herói Madiba, como era chamado, morreu no dia 5 de dezembro de
2013. A morte mexeu com o continente africano e o mundo. Preso
político, ele movimentou a população da África do Sul para lutar
contra o regime o Apartheid, modelo de segregação racial imposto
desde 1948, que separava grupos étnicos em regiões residenciais
distintas e de forma violenta. Como líder, chegou à presidência do
país em 1994.
O ato faz parte de uma série de eventos que serão realizados no mês
de março. A data, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU),
remonta ao ano de 1960 quando em protesto pacífico contra medidas
racistas, a população negra sofreu violência e foi morta pela
polícia branca e racista, no município sul-africano de
Sharpeville.
Resgate da dignidade humana
Para o presidente da CUT São Paulo, Adi dos Santos Lima, o
propósito de Mandela na África do Sul foi pelo resgate da dignidade
humana. “A luta que ele fez desperta até hoje na sociedade a defesa
pela igualdade”, afirma.
Segundo a secretária de Combate ao Racismo da CUT/SP, Rosana
Aparecida da Silva, Mandela é referência para a luta no Brasil. “A
violência contra o povo negro é atual, seja nas ruas, na mídia ou
no mercado de trabalho”, ressalta.
240 mortes
Dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP), de
janeiro a setembro de 2013, apontam que 240 pessoas foram mortas no
estado em decorrência de confronto com a Polícia Militar em
serviço. De acordo com o estudo do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea) sobre racismo no Brasil, as chances de um
adolescente negro ser vítima de homicídio são 3,7 vezes maiores dos
que as de um adolescente branco.
Mídia
De acordo com Rosana, os meios de comunicação da grande imprensa
não retratam a realidade de homens negros e mulheres negras no
país. “Isso também tem relação com a democratização da mídia que
apoiamos como tema do 1° de maio deste ano. Porque o que vemos na
televisão e nas novelas, por exemplo, são atrizes negras
representando empregadas domésticas ou famílias negras que nunca
são estruturadas”, afirma.
Mercado de trabalho
No mercado de trabalho, a dirigente afirma que muitos trabalhadores
(as) chegam a ficar 20 anos na mesma função, sem promoção para
cargos de chefia. “Isso é o racismo velado, que dizem não existir.
Por isso também lutamos pela aplicação das convenções 100 e 111 da
OIT (Organização Internacional do Trabalho)”, que tratam da
igualdade de remuneração entre os gêneros para trabalho de igual
valor e do combate às desigualdades em matéria de emprego e
profissão.
Para a secretária, ações em março e em outros meses do ano devem
ser promovidas para debater o recorte racial na sociedade e no
mundo do trabalho, pois a luta contra o racismo não deve ser
lembrada apenas em novembro.
Confira a programação:
15 a 22 de março
Semana Hip Hop - Clique
aqui para ver a programação no site da Prefeitura de
São Paulo
21 de março (sexta-feira)
18h - Dia Internacional De Luta Contra A Discriminação Racial
“Madiba Vive”
Local: Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo / Hall
Monumental – Rua Pedro Álvares Cabral, 201.
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São Paulo
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