Cerca de 40
lideranças feministas se reuniram na quinta-feira, 13, no auditório
da CUT Brasília para discutir a conjuntura nacional e local no
contexto da mulher. De acordo com as debatedoras do tema, apesar do
avanço em promoção social garantido nos últimos 12 anos, o Brasil
ainda se mostra carente de uma democracia representativa e
participativa, principalmente quanto ao recorte de gênero.
(Foto:
CUT/DF)
“A violência contra a mulher aumenta todos os dias e as respostas
são insuficientes; há 20 anos isso acontece. Grande número de
mulheres saiu da pobreza, mas não recebeu proteção social. Por isso
2014 é um ano de desafio. Temos que garantir o empoderamento da
mulher, democratizar o poder para obter a cidadania”, afirma a
integrante do Colegiado de Gestão do Centro Feminista de Estudos e
Assessoria – CFEMEA, Guacira César de Oliveira.
Interesse econômico
A deputada federal Érika Kokay (PT-DF) avalia que a “estrutura no
Congresso Nacional pautada pelo interesse econômico” contribui para
todas as desigualdades, inclusive para a existente entre homens e
mulheres. “Tiramos milhares de brasileiros da miséria, mas os
banqueiros, o agronegócio, os meios de comunicação continuam
lucrando em detrimento da Reforma Tributária, da Reforma Política,
da Reforma Agrária”, disse.
Segundo ela, “não temos em curso o grande golpe realizado em 1964,
mas temos vários outros em andamento”. “O Congresso hoje tem
parlamentares com projeto de conotação fascista, mas que conseguem
levar 40 milhões de brasileiros para as ruas, têm base social,
poder econômico e poder eleitoral. Precisamos de direitos humanos e
equidade de gênero para estruturar uma nova sociedade”, disse a
parlamentar durante o debate.
Políticas públicas
A secretária da Criança e do Adolescente do Distrito Federal,
Rejane Pitanga, que assim como Erika Kokay já presidiu a CUT
Brasília, também abordou a questão da promoção de políticas
públicas para as mulheres. “O governo do DF está finalizando a
construção de 50 creches públicas. É um grande avanço para a mãe
trabalhadora nesse governo. Mas ainda há um déficit de cerda de 140
mil creches, por causa do abandono na área em épocas anteriores",
disse. Para ela, a melhoria das condições das trabalhadoras em
todas as áreas passa, principalmente, pela organização das
mulheres. “Somos a maioria da população e temos papel essencial
para a mudança deste país”, destacou.
De acordo com a secretária de Mulheres Trabalhadoras da CUT
Brasília, Graça Sousa, “o governo do DF não cumpriu o que
prometeu”. “É no DF que acontecem os maiores índices de violência
contra a mulher. Já tentamos dialogar inúmeras vezes com o
governador, mas os compromissos não são efetivados. Não dá mais
para ser assim. Em nível nacional ainda temos que avançar muito.
Temos que ver mais mulheres na Câmara, no Senado, nos espaços de
poder. A mulher foi para o mercado de trabalho, mas continua sendo
o eixo estruturante do lar e principal responsável pelos afazeres
domésticos. Essa lógica existe pela opressão do homem contra a
mulher, impedindo-a de ocupar seu verdadeiro lugar”, avalia a
secretária da CUT Brasília.
Redação CNTT com CUT
Brasília
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