O
secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE), Manoel Messias Nascimento, apresentou uma nova
proposta de regulação da contratação de curta duração e indicou
avanços quanto ao tema. Em nova reunião realizada na terça-feira,
11, entre a bancada dos trabalhadores, a bancada dos empresários e
o governo, o secretário afirmou que a intenção é impedir a
ilegalidade dos trabalhos de curta duração através de emenda à Lei
Geral da Copa, regulando este tipo de trabalho especificamente para
o período do torneio mundial de futebol.
A regulamentação seria feita com a implementação de normas por meio
de acordos e convenções coletivas, mantendo as garantias de
proteção social ao trabalhador, como arrecadação do INSS e férias
proporcionais. “Como representante da CUT, digo que a proposta, com
emenda visando apenas o período da Copa, em termos de proteção
social ao trabalhador, poderá ser um bom laboratório”, disse o
secretário adjunto de relações de trabalho da CUT Nacional, Pedro
Armengol.
Centrais devem discutir o tema
De acordo com o assessor jurídico da CUT, Eymar Louguercio, a ideia
de combinar condições legais a ações negociadas com os sindicatos
para os eventuais trabalhos da Copa do Mundo é um tema que vale ser
discutido pelas centrais sindicais. “De fato, nos últimos eventos
realizados no Brasil, vários trabalhadores estiveram na total
informalidade, com risco de acidente de trabalho e não ter proteção
quanto ao INSS. Então, se for para estabelecer mecanismos de
proteção para esses trabalhadores que são recrutados no período da
Copa, para trabalhar para este evento específico, é um ponto que as
centrais podem discutir, negociar e tirar alguma diretriz”,
afirma.
Loguercio ainda reflete que é importante que a implementação da
regulação do trabalho de curta duração para o período da Copa seja
feita através de acordos e convenções coletivas. “Esse tipo de
contratação tem impactos diferentes em cada setor. Quem melhor
conhece essa realidade, além dos próprios trabalhadores, são os
sindicatos que os representam e, por isso, poderiam dar a esses
trabalhadores uma proteção mais específica, mais direcionada. Então
é importante inserir os sindicatos nesse debate”, explica.
Depois da Copa
Impulsionada pela reivindicação da bancada dos trabalhadores, a
proposta do governo ainda prevê que a regulação do trabalho de
curta duração após o período da Copa será discutida posteriormente
em grupo de trabalho.
Mesmo que haja acordo entre a bancada dos trabalhadores e a bancada
dos empresários, a proposta será encaminhada à presidenta Dilma
Rousseff, que tem a prerrogativa de regular o trabalho de curta
duração por medida provisória. Uma reunião tripartite sobre o tema
será realizada na próxima quarta-feira, 19.
Redação com CUT
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