As mulheres estão vencendo batalhas na
busca pela igualdade na representação política. Em 12 meses,
contados desde outubro de 2012, a filiação feminina a partidos
políticos representa 64% das 136 mil pessoas que ingressaram nas
mais de 30 legendas no período. Mesmo com esse avanço, apenas nas
eleições de 2012 foi alcançada a meta de 30% de candidaturas
femininas prevista na Lei Eleitoral.
Desde 2009, quando ocorreu a mudança na legislação e foi
estabelecido o aumento do percentual mínimo de candidaturas do sexo
feminino por partido, várias medidas foram criadas para incentivar
a participação das brasileiras na vida política e partidária do
país. Representantes das agremiações partidárias, por exemplo, se
reúnem desde o ano de mudança da lei no Fórum Nacional de
Instâncias de Mulheres de Partidos Políticos para discutir a
questão de gênero.
Na última reunião, ocorrida em 30 de janeiro, na Secretaria de
Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), as
representantes de 17 partidos políticos definiram estratégias com o
objetivo de aumentar o número de parlamentares na eleição de 2014.
O encontro foi aberto pela ministra das Mulheres, Eleonora
Menicucci.
Temas comuns
Independentemente da questão ideológica ou partidária, as mulheres
presentes no encontro decidiram apoiar temas comuns relacionados à
política de gênero. Consideram iniciativas sobre creches, educação
em tempo integral, na área de saúde e mobilidade urbana, entre
outras questões caras às mulheres. São ações que contribuem para
que as mães possam conquistar espaço no mercado de trabalho e na
política. Theresa De Lamare, do PPL, destacou a importância da
unidade do sexo feminino liderada pela SPM, que apoia o Fórum.
Relatos de praticamente todas as participantes mostraram que os
partidos estão investindo na formação política das mulheres. “O PP
realizou campanha de filiação do sexo feminino e cursos de
capacitação em vários estados”, revelou Marli Dornelas. Segundo
Fabiana Gadelha, o PDT aumentou o número de filiados em 15%. “No
PSDB fizemos dez cursos de formação em regionais em 2013”, pontuou
Solange Jurema. O partido também registrou um crescimento de cerca
de 50% em filiações.
A baixa ocupação de cargos de poder pelas mulheres foi ilustrada
pela representante do PT, Laisy Moriere. “Não tem uma central
sindical ou partido presidido por mulher”, alertou. Moriere
explicou que, com a pouca representação no Congresso Nacional, a
mulher fica, consequentemente, sub-representada na sociedade. Ela
acrescentou que o grande problema da mulher é o financiamento da
campanha e que o PT investiu em curso de formação em todos os
estados.
A ideia das participantes do Fórum é trabalhar pela eleição de
candidatas que tenham conhecimento político e comprometimento com
as questões de gênero. Outra preocupação das representantes
partidárias é afastar as candidatas “laranjas”, aquelas usadas
apenas para cumprir a cota partidária de 30%, mas sem a menor
intenção de investir na campanha ou atuar na política.
Desafios
A missão para eleger mais mulheres requer uma participação intensa
junto aos partidos e de convencimento das novas filiadas a se
candidatarem. Embora o número de filiações do sexo feminino, nos
dois últimos anos, tenha pela primeira vez ultrapassado o do sexo
masculino, segundo dados da Procuradoria Especial da Mulher do
Senado e da Justiça Eleitoral, os homens ainda dominam a política.
Do total de 15,1 milhões vinculados a alguma legenda, 8,4 milhões
são homens e 6,7 milhões são mulheres.
A tarefa agora é fazer com que esse aumento de filiações se traduza
em candidatas eleitas tanto para as assembleias nos estados quanto
para o Congresso Nacional. Enquanto a representação feminina chega
a 9% na Câmara dos Deputados e a 10% no Senado Federal o percentual
de eleitoras supera 51%.
Próximos passos
A secretária de Articulação Institucional e Ações Temáticas da SPM,
Vera Soares, que coordenou a reunião, disse que todos os partidos
políticos foram convidados para o Fórum, que se reúne pelo menos
duas vezes por ano. Os próximos passos são uma reunião com as
bancadas femininas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal
ainda neste mês de fevereiro, além de ações também em março.
Com informações da
Secretaria de Políticas para Mulheres
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