O governo
federal busca uma alternativa para reduzir a rotatividade do
mercado de trabalho, um dos fatores de pressão das despesas do
Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Encabeçada pelo Ministério do
Trabalho (MTE), a proposta é regulamentar o artigo 239 da
Constituição Federal, que prevê a criação de uma contribuição
adicional para as empresas que demitirem acima da média do seu
setor — um sistema semelhante ao de acidentes de trabalho, com
penalidade e bonificação.
Segundo o secretário substituto de Políticas Públicas de Emprego,
Silvani Pereira, a ideia não é simplesmente “punir por punir”, pois
a multa de 40% das demissões sem justa causa não surtiu efeito, no
sentido de inibir demissões.
A proposta consta de um estudo encomendado pelo MTE ao Dieese, que
será divulgado em um seminário no próximo mês, quando vários
especialistas e representantes dos trabalhadores, empregadores e do
governo vão discutir o tema. O artigo 239, parágrafo 4, diz o
seguinte: “o financiamento do seguro-desemprego receberá uma
contribuição adicional da empresa cujo índice de rotatividade da
força de trabalho superar o índice médio do setor”.
O estudo conclui que setores com alto índice de rotatividade, como
agricultura, comércio e construção civil sejam enquadrados na nova
contribuição, de forma diferenciada, de acordo com a dinâmica de
cada um, inclusive dos respectivos subsetores. Também sugere que o
governo brasileiro siga o exemplo da França e envie ao Congresso um
projeto de lei para proibir a existência de empresas de alocação de
mão de obra. Há cinco mil empresas que funcionam como agências de
emprego no país. A medida deverá ser seguida por uma regulamentação
rápida da terceirização, segundo o Dieese.
Programa alternativo
O Dieese propõe que o governo passe a adotar um regime de proteção
ao trabalhador, antes que ele seja demitido e passe a depender do
seguro-desemprego. Há um programa do FAT nesse sentido, mas que foi
adotado poucas vezes, como no setor automobilístico, por exemplo,
em tempos de crise. Neste caso, o FAT assume o salário dos
empregados, que são encaminhados a cursos de qualificação. Já o
empregador fica dispensado dos encargos trabalhistas por um
determinado período.
Também constam da lista de recomendações do Dieese medidas para
reforçar o Sistema Nacional de Emprego (Sine); condicionamento do
pagamento do seguro-desemprego a cursos de qualificação, o que já
ocorre, e combate às fraudes.
Segundo o MTE, os desligamentos atingiram 24,5 milhões em 2012,
contra 11,9 milhões em 2003. Em média, 17,7 milhões de contratos
foram rompidos no período. O aumento do estoque de assalariados,
que saiu de 22,9 milhões para 38,9 milhões em 2012, explica em
parte a alta rotatividade — percentual que subiu de 52% para 64%,
em nove anos. Os setores com maior rotatividade são construção
civil (115%); agricultura (92%) e comércio (64%). Na indústria, o
índice é de 53%.
Viviane
Barbosa com
agências
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