A
Secretaria Nacional de Combate ao Racismo da CUT divulgou nota, na
sexta-feira, 7 de fevereiro, em repúdio ao comentário da jornalista
do SBT, Raquel Sheherazade, no qual faz apologia à violência ao
defender o linchamento de um jovem negro de 15 anos, ocorrido na
semana passada. "Com certeza, incitar a violência não é o caminho
para um Brasil mais justo e mais humano porque essa não é uma
guerra de todos contra todos", destaca a nota. Leia a
seguir:
A Secretaria Nacional de Combate ao Racismo da CUT vem a publico
mostrar sua indignação diante dos recentes comentários proferidos
pela jornalista do SBT, Raquel Sheherazade, fazendo apologia à
violência e defendendo o linchamento de um jovem negro de 15 anos,
que depois de espancado, nu e com um corte na orelha, foi preso
pelo pescoço a um poste com uma trava de bicicleta por três homens
no Rio.
O fim da escravidão no Brasil ocorreu em 1888 mas, assim como
Sheherazade, boa parte da mídia associa pobreza e negritude à
criminalidade.
Segundo o Art. 7º do código de ética do jornalismo brasileiro, o
jornalista não pode: V – usar o jornalismo para incitar a
violência, a intolerância, o arbítrio e o crime. Lembramos também
que os canais de TV são concessões públicas e não é possível que
alguém possa usar um espaço privilegiado, ao qual pouquíssimos tem
acesso, para fazer apologia ao crime. O linchamento ou “justiça”
por conta própria são crimes previstos no nosso código penal, a
apologia e o estímulo a estes crimes também constituem um
crime.
A televisão deveria principalmente informar, para ajudar no
processo educativo da população e não para estimular atitudes
violentas e anticonstitucionais. Ela também não deve satisfazer a
uma elite reacionária que quer manter negros e pobres como símbolos
indesejáveis desta sociedade.
Com certeza, incitar a violência não é o caminho para um Brasil
mais justo e mais humano porque essa não é uma guerra de todos
contra todos. O que precisamos é buscar soluções pacíficas,
duradouras e conjuntas entre sociedade e governo para o problema de
segurança pública. Precisamos de propostas para
diminuir a violência e não da apologia ao crime, pois isso não
resolve os nossos problemas.
Reforçamos a necessidade de construirmos uma sociedade mais igual
onde a cor da pele, a orientação sexual ou a condição sócio
econômica não seja motivo para condenar e excluir cidadãos e
cidadãs de nosso convívio social. Banir e excluir segmentos
populacionais só serve para aumentar o fosso e fortalecer a
violência em nosso país.
Uma vez mais a Central Única dos Trabalhadores reafirma sua luta
pela inclusão, sem discriminação e preconceito, pois somente assim
poderemos construir uma sociedade fraterna e solidária.
Secretaria Nacional de Combate ao Racismo da CUT
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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