O Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lança, nesta
sexta-feira, 17, uma nova série de pesquisas sobre o mercado
de trabalho, com mudanças na metodologia e abrangência maior. Os
primeiros resultados, da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua, ou simplesmente Pnad Contínua, indicam que o
desemprego no país ficou em 7,4% no segundo trimestre de 2013.
(Foto:
Divulgação)
Segundo o IBGE, a nova pesquisa permitirá a análise conjuntural do
tema trabalho em todo território nacional e vai substituir as
atuais Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que abrange seis regiões
metropolitanas, e Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(PNAD), que é nacional e produz informações referentes ao mês de
setembro de cada ano.
Desocupação em queda
Os primeiros resultados da PNAD Contínua revelam queda na
taxa de desocupação no Brasil no segundo trimestre de 2013 em
relação ao período anterior. A taxa, que havia sido de 8% nos
primeiros três meses de 2013 caiu para 7,4 no período seguinte.
A população desocupada no Brasil (7,3 milhões de pessoas) caiu em
relação ao trimestre anterior (7,8 milhões). Em relação ao segundo
trimestre de 2012, manteve-se estável. Já a população ocupada
passou de 89,4 milhões no primeiro trimestre de 2013 para 90,6
milhões no segundo trimestre, acima dos 89,6 milhões do segundo
trimestre de 2012.
No segundo trimestre de 2013, 76,4% dos empregados do setor privado
tinham carteira de trabalho assinada, um avanço de 0,9 ponto
percentual em relação ao segundo trimestre de 2012 (75,5).
Os indicadores apresentados na PNAD Contínua foram desenvolvidos
utilizando os novos conceitos, definições e nomenclaturas de acordo
com as recomendações da Organização Internacional do Trabalho
(OIT), definidas na última Conferência Internacional dos
Estatísticos do Trabalho (19ª CIET), realizada em Genebra em
outubro de 2013.
Homens e mulheres
De abril a junho de 2013, a taxa de desemprego foi de 6,0% para os
homens e de 9,3% para as mulheres. Entre os jovens de 18 a 24 anos,
ficou em 15,4%.
Na análise de acordo com a escolaridade, o índice para os
trabalhadores com ensino médio incompleto chegou a 12,7% e para os
com superior incompleto, a 7,8%. Para aqueles com nível superior
completo, o desemprego ficou em 4,0%.
Conheça o novo índice
Enquando a PME pesquisa a cada mês a situação do mercado de
trabalho em seis regiões metropolitanas (Porto Alegre, Belo
Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Salvador), a Pnad
Contínua vai mostrar o cenário do emprego a cada três meses em
3.500 municípios em todas as regiões do país, incluindo áreas
rurais, num total de 211.344 domicílios visitados pelos
pesquisadores.
A Pnad pesquisa por ano 1.100 municípios, com 147.203 entrevistas.
Ela apresenta as características demográficas e socioeconômicas da
população (sexo, idade, educação, trabalho e rendimento, e
características dos domicílios).
Com a ampliação da pesquisa sobre emprego para as áreas rurais,
segundo o instituto, a Pnad Contínua vai oferecer resultados
inéditos.
Comparações
Com metodologias, escopos e enfoques diferentes, os resultados da
Pnad Contínua, da Pnad, que começou em 1992, e da PME, que teve
início em 2002, não poderão ser comparados. A Pnad começou em 1992
e a PME, em 2002.
Ao contrário da PME, que considera a população em idade ativa acima
de 10 anos, a Pnad Contínua leva em conta a força de trabalho dos
indivíduos acima de 14 anos, idade permitida pela lei para o
trabalho. Cada domicílio é visitado pelos pesquisadores cinco
vezes, com visitas a cada dois meses - a PME visita o mesmo
domicílio por quatro vezes consecutivas. Entre os 3.500 municípios
pesquisados, estão as 26 capitais e o Distrito Federal.
As principais características investigadas se referem ao trabalho
na semana em que a pesquisa é feita. Os entrevistadores perguntam
sobre ocupação, atividade, posição e categoria de emprego,
rendimento mensal do trabalho, horas trabalhadas, local,
contribuição para o INSS, características de trabalhos secundários.
São questionadas ainda as características do trabalho no período do
ano, a procura por vagas e o rendimento de outras fontes.
Na primeira visita, os pesquisadores perguntam ainda sobre cuidados
pessoais, trabalho voluntário, afazeres domésticos, e trabalho para
o próprio consumo.
A PME será realizada somente até dezembro, quando será
extinta.
América
Latina e Caribe
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) informou nesta
sexta-feira, 17, que o desemprego registrou uma taxa mínima
histórica de 6,3% na América Latina e Caribe em 2013, ainda que a
situação laboral seja “preocupante” porque a falta de dinamismo
econômico causou impactos no mercado de trabalho. "O progresso que
havia sido registrado nos mercados de trabalho da região durante a
última década parece haver-se estancado e, portanto, é necessário
redobrar os esforços para evitar que haja retrocessos", destaca a
OIT em seu relatório anual Panorama Laboral 2013 da América Latina
e Caribe.
O Panorama Laboral deste ano diz que a taxa média de desemprego
urbano para a região registrou uma nova queda, de 6,4% para 6,3%,
em um contexto de desaceleração do crescimento econômico. Se a
situação das taxas de crescimento se estender até 2014, quando
segundo as previsões poderiam chegar a 3,1% ou 3,2%, o desemprego
seria mantido em 6,3% no próximo ano. A leve queda da taxa de
desemprego urbano não ocorreu por um aumento na taxa de ocupação,
que permaneceu igual à do ano passado, em 55,7%, mas foi
impulsionada por uma ligeira queda na taxa de participação no
mercado laboral de 59,6% a 59,5%.
Com informações do PT
no Senado e agências - última atualização às
15h57
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