Motoristas
e cobradores fecharam por duas horas a entrada e a saída de ônibus
na Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília, no início da tarde de
quinta-feira, 19. O bloqueio atingiu também as seis faixas da via
S1, antes do cruzamento com o Eixão. O engarrafamento no Eixo
Monumental, sentido Esplanada dos Ministérios, chegou até as
redondezas da Torre de TV. (Foto: TV Globo)
A manifestação envolveu funcionários da Viplan, que temem ficar sem
o pagamento de direitos trabalhistas e sem novo emprego. Segundo o
presidente do Sindicato dos Rodoviários, João Osório, o protesto
foi feito pelos trabalhadores da linha de ônibus para Brazlândia. A
empresa que cobria essa área perdeu as concessões nas licitações de
renovação do sistema de transportes público. Os empregados foram
demitidos, o salário está atrasado e suas rescisões trabalhistas
ficaram emperradas com a suspensão de parte da lei que permitia ao
GDF pagar as verbas de desligamento. Com pendências trabalhistas,
os rodoviários não podem ser reaproveitados nas novas empresas que
ganharam as concessões das linhas.
O Secretário de Transportes, José Walter Vazquez Filho, esteve no
local tentando acordo com os rodoviários que bloquearam a via com
ônibus. Ele informou que o Governo do Distrito Federal não pode
pagar as rescisões, já que a justiça considerou inconstitucional o
uso de verba pública para pagamento de dívida de empresa privada,
mesmo que a lei determine que o governo cobre esses recursos
posteriormente da ex-concessionária.
Crise anunciada
Essas manifestações já eram esperadas desde a última terça-feira,
17, quando Tribunal de Justiça do Distrito
Federal e dos Territórios (TJDFT), atendendo pedido do Ministério
Público do DF e da OAB-DF, decidiu pela suspensão da lei que
permitia ao GDF pagar a rescisão contratual dos rodoviários.
A decisão trouxe insegurança a milhares de rodoviários que podem
ficar sem pagamento da rescisão e sem novo emprego, nesse processo
de substituição de mais de 80% das empresas de ônibus, para
renovação e melhoria do transporte coletivo de Brasília, explica
João Osório.
As empresas que perderam as licitações ameaçaram dar calote nas
verbas rescisórias, o que levou governo, parlamentares, Ministério
Público do Trabalho e sindicato a formular uma saída de caráter
social. Dessa negociação surgiu a lei que permitia ao GDF adiantar
as verbas rescisórias diretamente aos trabalhadores demitidos e
cobrar das empresas posteriormente.
Impasse
Agora, com a suspensão da lei, há outro impasse porque as novas
empresas que assumem o transporte não aceitam recontratar
motoristas e cobradores que tenham pendências trabalhistas.
Diante disso, rodoviários e suas famílias vivem uma grave situação
de incertezas, enquanto centenas de ônibus novos estão parados nas
garagens por falta de contratação de profissionais, prejudicando a
população trabalhadora usuária dos coletivos, informa Marcos Junio
Nouzinho, diretor do Sindicato e da CUT Brasília.
A decisão do TJDFT é em caráter liminar. O mérito deve ser julgado
apenas em 2014.
Com informações da CUT
Brasília
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