O ministro
da Saúde, Alexandre Padilha, participou na sexta-feira, 6 de
dezembro, na capital paulista, do ato “São Paulo não tolera
violência contra a mulher”, onde apresentou a Política Nacional de
Atenção à Saúde da Mulher (PNASM) de assistência integral às
mulheres e adolescentes em situação de violência doméstica e
sexual. O evento integra a campanha “16 dias de ativismo pelo fim
da violência contra a mulher” com objetivo de prevenir, punir e
erradicar a violência contra mulheres e menina.
O Ministério da Saúde desenvolve ações que norteiam a organização
de serviços nos estados e municípios para as situações de violência
sexual. Em parceria com as secretarias de saúde, é possibilitada a
capacitação das equipes envolvidas diretamente na assistência e na
humanização do atendimento de emergência. As unidades de saúde e os
hospitais de referência são responsáveis em definir o fluxo de
atendimento e as equipes multiprofissionais que vão atuar na
assistência à mulher. "É fundamental mostrarmos cada vez os números
de notificações para mobilizarmos a sociedade, os gestores e os
profissionais de saúde com objetivo de criarmos um conjunto de
politicas efetivas no combate à violência contra a mulher”,
destacou Padilha. (Foto: Erasmo Salomão -
ASCOM/MS)
O ministro reforçou que cabe aos profissionais de saúde o
acolhimento e o atendimento integral, universal e igualitário, e o
estabelecimento de medidas protetoras (contracepção de emergência e
profilaxias das DST/HIV e hepatites), respeitando os direitos e
necessidades de cada paciente. “Atualmente, o SUS oferta 620
serviços para atendimento às vítimas de violência sexual e
doméstica, desde exames clínicos e laboratoriais, vacinação,
orientações para saúde sexual e saúde reprodutiva pós-violência
sexual e acompanhamento psicológico”, disse, acrescentando
que foi criada no SUS a regra a notificação, registro e o
devido encaminhamento da mulher vítima de violência. "Isso é muito
importante porque permite fazer políticas públicas para evitar a
violência contra a mulher”, completou.
O número de serviços de atenção à violência sexual aumentou 656%,
passando de 82 serviços, em 2002, para 620 em 2013.
Humanização
Para estimular ainda mais o cuidado e humanizar o atendimento às
vitimas de violência sexual realizado por profissionais da
segurança pública e do SUS, a presidenta Dilma Rousseff, assinou,
em março, o decreto nº 7.958 para integrar as ações de atendimento
às mulheres. A iniciativa visa qualificar o atendimento e agilizar
a emissão de laudos periciais pelos Institutos Médicos Legais
(IMLs). Todas as ações realizadas em parceria entre os Ministérios
da Saúde e da Justiça, com apoio da Secretaria de Políticas para as
Mulheres (SPM-PR).
Com esta iniciativa, o Ministério da Saúde investirá, cerca de R$
13,1 milhões (primeira etapa) na aquisição de equipamentos,
reformas e ampliação para 94 hospitais de referência e nove
serviços de regiões de fronteiras para atendimento às mulheres
violentadas sexualmente. Posteriormente, o serviço será ampliado
para áreas prioritárias, de acordo com os planos estaduais de
enfrentamento da violência.
O decreto presidencial prevê ainda aprimorar sistemas, protocolos,
fluxos e procedimentos de coleta de indícios de crime sexual.
Também está previsto capacitar mais de 1,4 mil profissionais do SUS
para realizar coleta, guarda e transporte de vestígios coletados no
exame clínico e o posterior encaminhamento da vítima nos casos
previstos em lei ou de acordo com o desejo da mulher com idade
superior aos 18 anos, aos órgãos de segurança pública e do sistema
de justiça. Profissionais de segurança pública também serão
treinados para o atendimento às vítimas de violência sexual, em
especial os que atuam nas delegacias especializadas de atendimento
à mulher, crianças e adolescentes e aqueles que trabalham nos
IMLs.
Vigilância
O Ministério da Saúde disponibiliza ainda o Sistema de Informação
de Agravos de Notificação (Sinan), onde é feita a notificação da
violência doméstica, sexual e outras agressões, além de ser uma
ferramenta de vigilância. O Sinan registra ainda os atendimentos de
violência contra mulheres, idosos, crianças e adolescentes,
permitindo uma análise e o monitoramento do perfil epidemiológico
das violências.
Em 2012, 62.140 mulheres, entre 20 a 59 anos, foram vítimas de
algum tipo de violência e 604 morreram em decorrência de algum tipo
de agressão. Os homens (cônjuges, namorados e ex) são os principais
agressores (44,9%), e 62,3% das vítimas foram agredidas dentro de
casa.
Em 2011, essa comunicação passou a ser universal e um dever de
todos os serviços e dos profissionais de saúde. A notificação pode
ser feita pelo Sistema de Vigilância das Violências e Acidentes
(Viva). Em 2011, 4.512 mulheres foram assassinadas no Brasil (armas
de fogo, facadas, espancamento, entre outras violências), conforme
dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM).
Rede
cegonha
Em 2011, foi criada a estratégia Rede Cegonha, que tem como
uma das principais metas do Ministério da Saúde incentivar o parto
normal humanizado e intensificar a assistência integral à saúde de
mulheres e crianças, desde o planejamento reprodutivo,
passando pela confirmação da gravidez, pré-natal, parto, pós-parto,
até o segundo ano de vida do filho.
Atualmente, a estratégia Rede Cegonha está presente em mais de 5
mil municípios de todos os estados brasileiros, e atende a 2,6
milhões de gestantes. Desde o lançamento, já foram investidos mais
de R$ 3,3 bilhões para o desenvolvimento de ações em todo o
País.
Entre as ações da Rede Cegonha está a organização do cuidado às
gestantes por meio de uma rede qualificada de atenção obstétrica e
neonatal. Com um pré-natal de qualidade, como preconiza a
estratégia, é possível reduzir as taxas de prematuridade,
mortalidade materna e neonatal. O objetivo é garantir acolhimento e
captação precoce da gestante, além de ampliar o acesso aos serviços
de saúde e melhorar a qualidade do pré-natal. O diagnóstico rápido
permite à mulher iniciar o pré-natal assim que a gravidez seja
confirmada. Em 2012, foram realizadas 18,2 milhões de consultas
pré-natais pelo SUS, e mais de 1,6 milhão de mulheres fizeram, no
mínimo, sete consultas.
A campanha está sendo feita pela Secretaria Municipal de Políticas
para as Mulheres de São Paulo, em parceria com instituições,
movimentos sociais e feministas.
Com
informações do Ministério da
Saúde
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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