Para
fortalecer a atuação do sindicatos em favor da saúde do
trabalhador, a CUT Brasília promoveu, na terça-feira, 3 de
dezembro, a 1ª Conferência Distrital de Saúde do Trabalhador. Esta
é preparativa para a Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador
da CUT, que será realizada em março próximo, em São Paulo.
Para o secretário de Saúde do Trabalhador da CUT Brasília, Mauro
Mendes, este tema tem que ser discutido em todas as esferas, pois a
Central e os sindicatos de base não podem pensar apenas em salário,
nas reivindicações econômicas. "Temos que pensar na melhor
qualidade de vida e isso diz respeito à saúde do trabalhador. A
realização desta conferência é um passo para que possamos tirar os
pontos estratégicos a serem discutidos na Conferência Nacional. É
um avanço para nossa Central fazer o debate desse tema, de alta
relevância para a classe trabalhadora. É um momento de troca de
experiências, pois representamos trabalhadores que lidam
diretamente com o corte de cana até servidores públicos, cada qual
com suas especificidades", disse.
Contra a exploração
O mesmo pensamento tem o presidente da CUT Brasília, Rodrigo
Britto. "Estamos em um momento em que as doenças ocupacionais estão
cada vez mais fazendo parte do cotidiano dos trabalhadores, devido
à sobrecarga de trabalho e à pressão pelo cumprimento de metas, por
isso a realização da Conferência Distrital é de suma importância
pois, além de dar condições de um rico debate para retirada de
diretrizes de trabalho, vamos traçar uma política mais eficaz para
proteger e fortalecer a luta dos trabalhadores contra a exploração
do patrão", destacou.
O secretário adjunto nacional de Saúde do Trabalhador da CUT
e presidente da Federação Nacional dos Portuários (FNP/CUT),
Eduardo Guterra, informou que as Conferências Regionais foram
elaboradas no sentido de preparar a base sindical para a
Conferência Nacional. "Esse debate é importante principalmente para
os sindicatos cutistas, que têm uma visão de classe social, para
colocarmos o tema saúde em patamar semelhante ao tema econômico.
Geralmente, esse não é um tema que entra como prioridade na agenda
sindical. A partir das nossas colocações, temos que cobrar do
governo políticas sérias com relação à saúde e segurança do
trabalhador e fortalecer esse tema junto aos sindicatos, porque
para o patronato é interessante manter a situação como está - com
acidentes em todos os ramos e setores da economia - desde que seja
mantida a produtividade", afirmou.
Assédio moral
Convidada para falar sobre assédio moral, a professora Ana
Magnólia, do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília
(UnB) e coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Saúde e
Trabalho (Gepsat), disse que esse problema tem crescido enormemente
e causado vários efeitos sobre a saúde do trabalhador. "O trabalho
hoje tem sido muito mais precarizado, intensificado, amplificando
os modos de gestão produtivistas e gerencialistas, que provocam
esse tipo de violência aos trabalhadores, prejudicando sua saúde
mental. O assédio moral é um problema vinculado à gestão e à
cultura das empresas, que muitas vezes aceitam e até legitimam
esses comportamentos", explicou.
Para a professora, é preciso compreender e tentar desmontar esse
modelo de gestão, intervindo - via sindicato - na organização do
trabalho nas empresas que adotam essa prática.
Com informações da
Secretaria de Comunicação da CUT
Brasília
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