Campanha Salarial: FENTAC e SNEA debatem direitos sociais dos aeronautas

A rodada acontece nesta terça-feira, 26, na sede da entidade patronal, no Rio.

Publicação: 25/11/2013

A Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (FENTAC/CUT), que representa os aeronautas e aeroviários, e o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) continuam nesta terça-feira, dia 26, a negociação da Campanha Salarial. A rodada será na sede do Sindicato patronal, no Rio, e debaterá as reivindicações dos aeronautas. (Foto: Sindicato Nacional dos Aeroviários)
Na última rodada, realizada no dia 21 na sede da bancada patronal, no Rio, terminou sem avanço o debate das melhorias nas cláusulas sociais dos aeroviários.
A rodada travou após os representantes do SNEA condicionarem que aceitarão algumas das reivindicações se os trabalhadores concordarem apenas com a reposição da inflação, calculada pelo INPC da data-base das categorias, 1º de dezembro, estimado 6,3%, segundo o Dieese. “Não concordamos com esta proposta e vamos continuar a nossa luta por melhorias nas cláusulas sociais e aumento real para os aeroviários e aeronautas”, disse o presidente da Federação, Celso Klafke, disse ao Portal CNTT.

Debate dos direitos
Durante a rodada, dirigentes da FENTAC e dos sindicatos filiados debateram a criação de um piso para operadores e despachantes de check-in fixado em R$ 1600 e vale refeição para os “part time” (que trabalham apenas quatro horas).
As empresas aéreas apresentaram como contraproposta para os “part time” vale-refeição proporcional às horas trabalhadas. Já no reajuste da diária, além de oferecerem apenas a inflação, ainda propuserm que o valor correspondente do vale refeição seja abatido.
Segundo a FENTAC, as companhias não aceitaram a criação de novos pisos, bem como a prorrogação da licença maternidade para seis meses e a extensão do direito à creche para trabalhadores aeroviários.

Calendário
A última rodada de negociação está prevista para o dia 4 de dezembro, na sede da FENTAC, no Rio de Janeiro.
Estão em Campanha Salarial na base da FENTAC/CUT cerca de 100 mil aeronautas e aeroviários e a data-base das categorias é 1º de dezembro.

Conheça as reivindicações das categorias
Aeroviários
- Reajuste de 12% sobre os salários;
- Reajustes nos pisos salariais para: auxiliares de serviços gerais e de manutenção de aeronaves; agente de proteção; operador de equipamento; mecânico de manutenção de aeronaves e despachante/agente de check in/aeroporto;
- Vale refeição R$ 16,66 para os aeroviários com jornada de trabalho de até 06 horas, e de R$ 22,72 para os demais;
-Seguro de vida: total ou parcial, no valor de R$ 20.000,00;
- Cesta básica de R$ 334,42;
- Jornada de trabalho de 36 horas semanais, exceto para os aeroviários que laborem em funções administrativas, que neste caso será de 40 horas semanais;
- Prorrogação da licença maternidade para 60 dias;
- Creche e/ou escola de educação infantil para filhos de aeroviários e aeroviárias.

Aeronautas - Aviação Regular
- Reajuste de 12% sobre os salários;
- Reajustes nos pisos salariais para: Comissário de Voo, no valor de um salário mínimo Dieese (R$2.285,47); Mecânico e Voo, no valor de 1,5 salário mínimo Dieese e Pilotos, valor de dois salários mínimos Dieese.
- Diárias de alimentação de 64,00;
- Cesta básica no valor de R$ 335,00 em forma de vale alimentação;
- Seguro de vida total e parcial no valor de R$ 20.000,00;
- Tempo de solo remunerado no mesmo valor da hora de voo quando ultrapassar uma hora;
- Jornada semanal de 44 horas;
- Garantia de creches para filhos de aeronautas.
Aeronautas - Táxi Aéreo
- Reajuste de 12% sobre os salários;
- Reajustes nos pisos salariais para: Comandante bi-motor, no valor de dois salários mínimos Dieese; Comandante mono-motor, no valor de 1,5 salário mínimo Dieese; Co-pilotos, no valor de 1,25 salários mínimos Dieese e Comissário, valor e um salário mínimo Dieese.
- Diárias de alimentação de 64,00;
- Cesta básica no valor de R$ 335,00 em forma de vale alimentação;
- Seguro de vida no valor de R$ 20.000,00;
- Tempo de deslocamento terrestre remunerado no mesmo valor da hora de voo quando ultrapassar 30 minutos;
- Prorrogação da licença maternidade para 180 dias.

Viviane Barbosa, editora do Portal da CNTT/CUT, com a colaboração de Jéssica Lemos e Sindicato Nacional dos Aeroviários

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