Especial Seminário: 42 sindicatos de caminhoneiros se filiam à CUT

No total, a CUT aumentará a sua representação no ramo dos transportes de 1,2 milhão para cerca de seis milhões trabalhadores.


Publicação: 24/11/2013
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O  1º Seminário Nacional Transporte de Carga “Desafios para o desenvolvimento e para condições de trabalho dignas” da CUT, realizado no dia 22, na sede do Sindicato dos Químicos de São Paulo, entrou para a história da CNTT/CUT.
No encerramento do evento, o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas (SINDITAC), Luiz Galvão, entrou ao presidente da Confederação, Paulinho, e ao Secretário Geral da CUT, Sérgio Nobre, a filiação de  42 sindicatos de caminhoneiros se filiam à CUT. (foto- Roberto Parizotti)
No total, a CUT aumentará a sua representação no ramo dos transportes de 1,2 milhão de trabalhadores hoje representados pela CNTT no Brasil (nos modais rodoviário, ferroviário, metroviário, portuário, marítimo, fluvial, aéreo e viário) para cerca de seis  milhões com os caminhoneiros autônomos, representados pelo Movimento "União Brasil Caminhoneiro" (UBC).
O total de sindicatos aumentará para cerca de 400 no País.

Melhores momentos dos debates
Ao abordar as experiências internacionais, a representante do Dieese, Fiorella Macchiavello, comparou o Brasil a outros países. “Por aqui, o motorista pode dirigir sem descanso por até 10 horas diárias, enquanto na União Europeia são 9, nos EUA, 11, na Austrália, 13, e no Canadá, 14 horas”, disse.
Fiorella disse que aqueles países que têm regulamentação que dá mais tempo de descanso, aumenta o custo operacional, mas diminui o risco. E pesquisas apontam que a partir da nona hora de trabalho seguido, o risco de acidente já aumenta. A partir da 12ª, dobra, e a partir da 14ª, triplica.

Obstáculos
O gestor de Responsabilidade Social da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Paulo Hermínio, acredita que, por melhor que seja a fiscalização, não há como mudar o cenário se não houver unidade dos caminhoneiros. “Se vocês não assumirem o que é de direito de vocês, não conseguimos fiscalizar todas as transações de transporte. Não temos gente suficiente para fiscalizar todos os veículos o tempo todo”, falou.
Cenário que foi confirmado pelo representante da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais, Renato Dias. “Há muita demandas para poucos profissionais e a direção prega ainda a redução e fechamento de postos e delegacias da polícia rodoviária federal. Nosso principal problema é a falta de efetivo, porque não há contingente para fazer cumprir corretamente a lei de descanso”, falou.
Ao final, o presidente da Associação Nacional dos Caminhoneiros (Antrac), Benedito Pantalhão, citou dois pontos que afetam o bolso do caminhoneiro: o valor do pedágio, com destaque para São Paulo, como não poderia deixar de ser, e o preço do frete.
Em relação ao pedágio, Pantalhão lembrou que em São Paulo ele é o mais caro do mundo e é definido de maneira equivocada, porque o cálculo da tarifa foi feito há 20 anos, quando o fluxo de veículos era bem menor. Além disso, se o governo segurou o aumento de 6% para os veículos comerciais, por outro, para compensar, autorizou a cobrança por eixo suspendo de caminhão. “O aumento da arrecadação foi de 18,5% e tanto o empregado quanto o autônomo é que pagam a conta. O governo de São Paulo prejudica o caminhoneiro.”
Como em outras ocasiões, o dirigente também cobrou a definição por parte do governo federal de um valor mínimo de frete em todo o país. “Há lugares em que atravessador fica com 89% do valor do frete, porque o trabalhador acaba aceitando, já que quer voltar para casa ou tem outros compromissos. Com isso, esquece que há um custo de depreciação do veículo, o desgaste do pneu. O caminhoneiro é um trabalhador e precisa do seu salário para sobreviver, como qualquer um”, concluiu.


Viviane Barbosa, editora do Portal CNTT, com informações de Luiz Carvalho da CUT Nacional

 



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