O 1º
Seminário Nacional Transporte de Carga “Desafios para o
desenvolvimento e para condições de trabalho dignas” da CUT,
realizado no dia 22, na sede do Sindicato dos Químicos de São
Paulo, entrou para a história da CNTT/CUT.
No encerramento do evento, o presidente do Sindicato dos
Transportadores Autônomos de Cargas (SINDITAC), Luiz Galvão, entrou
ao presidente da Confederação, Paulinho, e ao Secretário Geral da
CUT, Sérgio Nobre, a filiação de 42 sindicatos de
caminhoneiros se filiam à CUT. (foto- Roberto
Parizotti)
No total, a CUT aumentará a sua representação no ramo dos
transportes de 1,2 milhão de trabalhadores hoje representados pela
CNTT no Brasil (nos modais rodoviário, ferroviário, metroviário,
portuário, marítimo, fluvial, aéreo e viário) para cerca de
seis milhões com os caminhoneiros autônomos, representados
pelo Movimento "União Brasil Caminhoneiro" (UBC).
O total de sindicatos aumentará para cerca de 400 no País.
Melhores momentos dos debates
Ao abordar as experiências internacionais, a representante do
Dieese, Fiorella Macchiavello, comparou o Brasil a outros países.
“Por aqui, o motorista pode dirigir sem descanso por até 10 horas
diárias, enquanto na União Europeia são 9, nos EUA, 11, na
Austrália, 13, e no Canadá, 14 horas”, disse.
Fiorella disse que aqueles países que têm regulamentação que dá
mais tempo de descanso, aumenta o custo operacional, mas diminui o
risco. E pesquisas apontam que a partir da nona hora de trabalho
seguido, o risco de acidente já aumenta. A partir da 12ª, dobra, e
a partir da 14ª, triplica.
Obstáculos
O gestor de Responsabilidade Social da Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT), Paulo Hermínio, acredita que, por
melhor que seja a fiscalização, não há como mudar o cenário se não
houver unidade dos caminhoneiros. “Se vocês não assumirem o que é
de direito de vocês, não conseguimos fiscalizar todas as transações
de transporte. Não temos gente suficiente para fiscalizar todos os
veículos o tempo todo”, falou.
Cenário que foi confirmado pelo representante da Federação Nacional
dos Policiais Rodoviários Federais, Renato Dias. “Há muita demandas
para poucos profissionais e a direção prega ainda a redução e
fechamento de postos e delegacias da polícia rodoviária federal.
Nosso principal problema é a falta de efetivo, porque não há
contingente para fazer cumprir corretamente a lei de descanso”,
falou.
Ao final, o presidente da Associação Nacional dos Caminhoneiros
(Antrac), Benedito Pantalhão, citou dois pontos que afetam o bolso
do caminhoneiro: o valor do pedágio, com destaque para São Paulo,
como não poderia deixar de ser, e o preço do frete.
Em relação ao pedágio, Pantalhão lembrou que em São Paulo ele é o
mais caro do mundo e é definido de maneira equivocada, porque o
cálculo da tarifa foi feito há 20 anos, quando o fluxo de veículos
era bem menor. Além disso, se o governo segurou o aumento de 6%
para os veículos comerciais, por outro, para compensar, autorizou a
cobrança por eixo suspendo de caminhão. “O aumento da arrecadação
foi de 18,5% e tanto o empregado quanto o autônomo é que pagam a
conta. O governo de São Paulo prejudica o caminhoneiro.”
Como em outras ocasiões, o dirigente também cobrou a definição por
parte do governo federal de um valor mínimo de frete em todo o
país. “Há lugares em que atravessador fica com 89% do valor do
frete, porque o trabalhador acaba aceitando, já que quer voltar
para casa ou tem outros compromissos. Com isso, esquece que há um
custo de depreciação do veículo, o desgaste do pneu. O caminhoneiro
é um trabalhador e precisa do seu salário para sobreviver, como
qualquer um”, concluiu.
Viviane Barbosa, editora do Portal CNTT,
com informações de Luiz Carvalho da CUT
Nacional
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