O diretor
executivo da Agência T1, José Augusto Valente, foi um dos
palestrantes convidados no 1º Seminário Nacional Transporte de
Carga “Desafios para o desenvolvimento e para condições de trabalho
dignas” da CUT, realizado no dia 22, no auditório do
Sindicato dos Químicos de São Paulo. O especialista abordou a
recente pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) sobre
a situação das estradas brasileiras.
Valente criticou a metodologia do estudo que só divulga “o lado
ruim das rodovias”, fato que se destaca no noticiário da
grande imprensa. “A CNT não avalia rodovias mas sim ligações
rodoviárias, muitas vezes juntando rodovias federais com estaduais.
Além disso, não informa os respectivos volumes de tráfego dessas
ligações, o que permitiria estabelecer correlação entre a logística
real e a situação da infra-estrutura”, explica.
Segundo Valente, o critério de avaliação da CNT é extremamente
rígido. “Uma ligação rodoviária, para ser considerada ótima, tem
que ter nota final maior ou igual a 91. Para ser considerada boa,
nota final, maior ou igual a 81”, conta.
A seguir o Portal da
CNTT-CUT divulga os principais trechos da apresentação de
Valente.
A Pesquisa CNT de Rodovias 2013 avaliou 96,7 mil km de estradas no país, sendo que 65.443 km da malha federal e cerca de 31.217 km das malhas estaduais.
O que nos mostra o Relatório Executivo dessa pesquisa?
a) Pavimento – pista de rolamento
A pesquisa mostra que 96,3% das rodovias brasileiras estão com o pavimento da pista de rolamento em boas condições e apenas 3,7% apresentam buracos, afundamentos, ondulações na pista e pavimento totalmente destruído, conforme gráfico abaixo. Ressaltar que o item “Trinca em malha/remendos”, pela definição da CNT, exclui a existência de buracos.

b) Velocidade em função do pavimento da pista de rolamento
De acordo com essa pesquisa, 94,9% do pavimento pesquisado não obriga à redução de velocidade pelos motoristas, o que representa aproximadamente 91,8 mil Km das rodovias pesquisadas, que não afetam a regularidade e suavidade da condução dos veículos. Vejam o gráfico abaixo:

c) Pavimento dos acostamentos
Segundo a pesquisa, 89,0% dos acostamentos existentes nas estradas brasileiras foram considerados ótimos por apresentarem o acostamento pavimentado e perfeito. Ela mostra, também, que 0,6% dos acostamentos foram considerados perfeitos, ainda que sem pavimentação. Apenas 10,4% não apresentavam condição de uso com segurança, devido a buracos, fissuras, presença de mato e desnível acentuado em relação à rodovia.

d) Sinalização – faixas centrais
Segundo a pesquisa, 44,2% das faixas centrais das rodovias estão com as pinturas visíveis e, em condições de separar o tráfego e regulamentar ultrapassagens. Entretanto, outros 50,8% apresentavam faixas com a pintura desgastada e 5,0% inexistente, como aponta o gráfico abaixo. Esse é o item mais desfavorável, entre os relevantes.

e) Sinalização – placas de limites de velocidade
Em 74,8% da extensão de rodovias avaliadas, há a presença de placas de limite de velocidade, o que equivale a 72 mil Km em um total de 96,7 mil Km, conforme gráfico abaixo. Esse item, aliado ao relativo às faixas centrais, é fundamental para aumentar a segurança da condução rodoviária, o que não ocorre como esperado por se tratarem dos itens que mais são violados pelos motoristas, acarretando acidentes que resultam em grande mortalidade e ferimentos graves.

f) Sinalização – visibilidade das placas
A pesquisa constatou que 89,0% das placas são visíveis pelos condutores dos veículos, com a inexistência de mato cobrindo as placas e 5,1% apresentavam algum mato cobrindo, mas não totalmente, conforme gráfico abaixo.

g) Sinalização – legibilidade das placas
De acordo com a CNT, 58,9% das placas estavam totalmente legíveis e em 40,1% se conseguia identificar o pictograma, embora esse elemento já se encontrasse desgastado, conforme gráfico abaixo.

h) Geometria
Não se deve levar em conta a avaliação da geometria da via, já que a referida avaliação está fora dos padrões adotados internacionalmente. Apenas para sintetizar, a CNT defende que absolutamente todas as rodovias devam ser em pista dupla. Em país algum do mundo é assim, por ser desnecessário e economicamente inviável. Como 88% das rodovias pesquisadas são pista simples de mão dupla, o resultado final será sempre ruim, por conta desse aspecto.
Conclusão
Mais de 2/3
da malha pesquisada é composta de rodovias de regular ou baixo
volume de tráfego. Naturalmente, essas rodovias recebem menos
recursos regulares para restauração, manutenção e
sinalização.
Considerando isso, a avaliação da CNT, em 2013,
constata que estão em boas condições de trafegabilidade e conforto,
as principais rodovias do país, por onde trafegam mais de 80% das
cargas rodoviárias, passageiros de ônibus e veículos
particulares.
Essas
condições satisfatórias deveriam garantir maior segurança, com
redução acelerada de acidentes e mortalidade nas estradas.
Entretanto, como já escrevi em artigo anterior (clique aqui),
quanto melhores as rodovias, mais perigosas se tornam, por conta do
excesso de velocidade, da imprudência sistemática e cultural dos
motoristas brasileiros, aliados ao reduzido nível de penalização
das infrações na malha rodoviária.
Finalmente,
cabe ressaltar que a CNT não avalia rodovias mas sim ligações
rodoviárias, muitas vezes juntando rodovias federais com estaduais.
Além disso, não informa os respectivos volumes de tráfego dessas
ligações, o que permitiria estabelecer correlação entre a logística
real e a situação da infra-estrutura.O critério
de avaliação é extremamente rígido. Uma ligação rodoviária, para
ser considerada Ótima, tem que ter nota final maior ou igual a 91.
Para ser considerada Boa, nota final, maior ou igual a
81.
uem sabe,
no futuro, essa abordagem essencial não venha a ser agregada à
metodologia da pesquisa CNT? Fica aí a sugestão.
José Augusto Valente, diretor executivo da agência
T1
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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