A
Secretaria de Portos (SEP) apresentou proposta de regulamentação da
Guarda Portuária aos representantes destes trabalhadores e aos
presidentes dos sindicatos filiados à Federação Nacional dos
Portuários (FNP) em reunião realizada na terça-feira, 19, em
Brasília.
De acordo com o ministro da SEP, Antônio Henrique Silveira, o
regulamento, que será publicado em dezembro, estabelecerá
diretrizes para atuação da Guarda Portuária. “O regulamento
estabelecerá parâmetros a serem observados em todo o país, mas
deixará espaço para as Docas organizarem a Guarda de acordo com as
necessidade de cada porto”, disse o ministro. (Foto: FNP)
A proposta apresentada pelo secretário-executivo, Eduardo Xavier, e
pela equipe técnica da SEP sugere a criação de unidade de segurança
portuária subordinada diretamente ao dirigente máximo da
administração portuária, a distribuição do efetivo entre o quadro
de pessoal e segurança privada, a definição da área de atuação da
Guarda e regras para adaptação do quadro de acordo com a avaliação
de risco feito no porto organizado.
Terceirização
Os trabalhadores questionaram a possibilidade
de empregar terceirizados na segurança portuária. “O nosso desafio
é combater a terceirização”, disse o presidente da FNP, Eduardo
Guterra. De acordo com dados levantados pela SEP, hoje, 33% da
segurança portuária já é composta por terceirizados. Guterra
defendeu a implementação da proposta de normatização, encaminhada
pelos trabalhadores à SEP em agosto deste ano, que proíbe a
terceirização.
Para os trabalhadores a terceirização da Guarda Portuária põe em
risco a segurança no porto, o controle e fiscalização da entrada e
saída de pessoas e mercadorias nos terminais portuários.
Os trabalhadores também discordam em relação à determinação da área
de atuação da Guarda Portuária, que segundo a SEP se restringiria à
área terrestre. Os portuários defendem a atuação da Guarda em todo
o território do porto organizado.
O secretário-executivo da SEP, Eduardo Xavier, garantiu que vai
analisar as reivindicações dos trabalhadores que serão convidados a
participar de novo encontro para tratar do assunto.
Após publicação da regulamentação pela SEP, as administrações
portuárias criarão regimentos internos, já que como determinou a
nova legislação é papel da administração portuária organizar a
guarda portuária, em conformidade com regulamentação expedida pelo
poder concedente. Confira a apresentação
feita pela
SEP.
Reivindicações
Ao
final do encontro com representantes da Guarda Portuária, o
ministro da SEP se reuniu com os presidentes dos sindicatos
portuários. Na pauta de debate o impacto financeiro do novo modelo
de arredamentos de áreas portuárias para os trabalhadores e para as
autoridades portuárias e a situação dos acordos coletivos entre as
Docas e seus empregados, os trabalhadores reivindicaram mais
autonomia para estas empresas. A negociação entre as Docas e
os trabalhadores precisa passar pela aprovação do Departamento de
Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST).
Os trabalhadores cobraram ainda a implementação do plano de cargo e
salários e uma solução para o Portus, previdência complementar dos
portuários, que enfrenta dificuldade em pagar o benefício dos
assistidos devido à inadimplência das patrocinadoras do plano, as
companhias Docas empresas estatais vinculadas à SEP. O
ministro afirmou novamente que o governo federal está comprometido
em resolver a situação do fundo de previdência complementar dos
portuários.
CNTT/CUT com informações da Federação Nacional dos Portuários
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