O turismo
mundial superou a crise econômica internacional com um crescimento
de 5% neste ano e um número recorde de turistas. Segundo os dados
da Organização Mundial do Turismo (OMT) e o World Travel and
Tourism Council (WTTC), que representa o setor privado, a China se
consolidou como o país que mais gasta em nível mundial enquanto que
o Brasil está em 12º lugar, o primeiro na América Latina, e com um
significativo crescimento desde 2010, um claro sinal de uma
melhoria econômica na vida dos setores médios do país. “O peso dos
chamados mercados emergentes é claro e também seu crescimento neste
capítulo chave que é o gasto dos turistas no estrangeiro. Neste
aspecto os turistas chineses são os que mais aumentaram os gastos,
seguidos pelos russos que aumentaram seus gastos em 28% e depois os
brasileiros que incrementaram em 15% seu gasto no exterior em
comparação com o ano anterior”, disse o secretário geral da
Organização Mundial do Turismo, Taleb Rivai, no marco de um
encontro com a imprensa internacional durante a reunião de
ministros de Turismo do G20 em Londres.
Economia global
A OMT e a WTTC calculam que o turismo gera cerca de 9% do PIB
global e cerca de 260 milhões de empregos, o que equivale a um de
cada onze empregos no planeta. Se a medição é discutível porque
combina empregos diretos claramente quantificáveis (hotelaria,
transporte, etc.) com os indiretos que são muito mais estimativos
(aumento do consumo e da produção interna graças a essa população
adicional de turistas), não há dúvida alguma sobre a solidez do
setor, seu crescimento histórico e seu impacto econômico.
Em 1950, cerca de 25 milhões de pessoas faziam turismo fora de seu
país. No dia 13 de dezembro do ano passado, uma aposentada
britânica, Dale Sheperd-Floyd, marcou um número recorde: com ela o
turismo mundial alcançou pela primeira vez a cifra de um bilhão de
pessoas.
O turismo mundial pode alardear um crescimento muito mais rápido
que a economia global e uma maior capacidade de recuperação como
mostrou a rápida saída das últimas três grandes crises deste
século: a de 2001, causada pelos atentados de 11 de setembro, a de
2005 e a de 2008 (“a pior de todas”, segundo a OMT e a WTTC).
Enquanto o PIB global só aumentará em torno de 2,9%, o número de
turistas dando voltas pelo mundo cresceu cerca de 5%.
Turismo e economia nacional
Se, em nível global, o impacto econômico é indiscutível, em nível
nacional tem o poder de provocar certas dores de cabeça. No Brasil,
o número de turistas que procuram o país mais do que duplicou desde
2000, passando de dois milhões para mais de cinco e se espera que
essa cifra cresça mais ainda com a Copa do Mundo e as Olimpíadas.
Ao mesmo tempo, o número de brasileiros que viajam ao exterior e
sua capacidade de gasto tiveram uma explosão fabulosa quando se
compara essas cifras com os dados de 2000.
No início deste milênio, os brasileiros gastavam 3,9 bilhões de
dólares em suas viagens. Na metade da década (2205), a cifra já
havia crescido para 4,7 bilhões. Em 2010, seu o grande salto: os
brasileiros gastaram mais de 16 bilhões de dólares. Um ano mais
tarde, em 2011, esse número superou a casa dos 21 bilhões. No ano
passado, um novo salto, ultrapassando a casa dos 22 bilhões.
O dado permite uma dupla leitura. Em nível social mostra a melhoria
de renda do setor de classe média e média alta. Em outras palavras,
à luz dos dados do turismo, esse setor social não foi mal nos anos
de governo do PT. Do ponto de vista macroeconômico, a interpretação
pode ser mais problemática.
Em setembro deste ano, o Brasil teve um déficit em conta corrente –
movimentos comerciais e financeiros com o exterior – de 26,29
bilhões de dólares. Em julho, o Banco Central estimou que o déficit
dos últimos 12 meses somava 77,7 bilhões de dólares, equivalente a
3,4% do Produto Interno Bruto, e, a grosso modo, três vezes o gasto
do turismo no exterior.
Na Organização Mundial do Turismo isso é considerado um fenômeno
conjuntural e pouco significativo. “É um reflexo do crescimento do
país e de sua capacidade de gasto. Este gasto tem um impacto
reduzido no tema da balança de pagamentos se ele é comparado com
outros setores. Além disso, se compensa pelo lado do ingresso de
divisas que ocorrerá graças aos dois grandes eventos que o Brasil
sediará”, disse Sandra Carvao, porta-voz da OMT.
É certo que neste período a drenagem de divisas teve como especial
protagonista os capitais financeiros especulativos que começaram a
sair do país devido à possibilidade de um endurecimento da
flexibilização quantitativa estadunidense (ou seja, a emissão de
dinheiro eletrônico). Mas também é certo que o dinheiro que os
turistas brasileiros gastam no exterior segue crescendo e se
converteu em um peso maior na saída de divisas. Será uma questão de
fazer contas.
Com informações da Carta Maior
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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