Trabalhadores autônomos do setor de cargas
de todo o País se reunirão, no dia 22 de novembro, no auditório do
Sindicato dos Químicos de São Paulo para debater os “desafios para
o desenvolvimento do transporte e condições dignas de trabalho”.
Batizado como o 1º Encontro Nacional do Transporte de Cargas, o
evento é organizado pela CNTT/CUT e CUT Nacional e conta com o
apoio do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas
(SINDITAC), da Associação Nacional dos Caminhoneiros (ANTRAC), do
Movimento União Brasil Caminho e da Bancada do Transporte
Rodoviário de Carga (TRC). “Será um debate de grande envergadura,no
qual suas consequências podem fortalecer a categoria, como também
nossa organização e intervenção na sociedade”, afirma o presidente
da Confederação do Transporte cutista, Paulo João Estausia, o
companheiro Paulinho.
O 1º Encontro também debaterá temas como a cobrança por políticas
públicas de combate ao roubo de carga, a definição de um piso
mínimo para o frete e a construção de espaços onde os caminhoneiros
possam descansar.
Em reunião preparatória do evento, realizada na CUT, o Secretário
Geral, Sérgio Nobre, destacou que a melhoria no transporte é
fundamental para o desenvolvimento do País, mas ressaltou que não é
possível aprimorar o segmento sem pensar em que está atrás do
volante. “Há 30 anos lutamos em defesa da organização dos
trabalhadores por melhores condições e queremos fazer o mesmo em
relação aos caminhoneiros. Aumentar a segurança na estrada,
combater a pressão das empresas para o cumprimento dos prazos de
entrega e oferecer condições dignas para que o motorista possa
comprar seu veículos dependem da capacidade de mobilização da
categoria e é nisso que podemos contribuir”, afirmou.
O Secretário adjunto de Saúde do Trabalhador da Central e vice-
Ppresidente da CNTT, Eduardo Guterra, acrescentou que o encontro
definirá um documento que servirá de referência para a luta da
categoria. “Vamos apontar as dificuldade do setor, mas também
propostas de investimento e indicar qual deve ser o papel do Estado
para que tenhamos um guia que se espalhe por todo o Brasil como uma
agenda da CUT construída com os trabalhadores em transporte”,
explicou.
Carta Frete
O Presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga do
Vale do Paraíba, Everaldo Bastos, apontou a necessidade de
estabelecer um piso mínimo de frete para garantir condições dignas
aos trabalhadores. “O caminhoneiro trabalha abaixo do valor técnico
que deve: gasta R$ 2,10 por quilometro rodado, mas ganha R$ 1,90.
Isso só se resolverá quando houver um piso nacional para evitar
excesso de trabalho, de peso da carga e até mesmo o suão de drogas
que, por vezes, ocorre para ajudar a cumprir jornadas exaustivas”,
falou.
Para ele, outro problema é a falta de segurança na estrada. De
acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, sete mil
cargas foram roubadas apenas no Estado, gerando um prejuízo
de R$ 360 milhões. “Isso faz com que muitos caminhoneiros
deixem a profissão por conta do risco. A própria ANTT (Agência
Nacional de Transportes Terrestres) estima que faltem 10 mil
caminhoneiros no país”
Lei 12.619/09
A Lei 12.619/09 que regulamenta a profissão do motorista no Brasil
será outro tema debatido. A legislação, que entrou em vigor em
2012, determina ao motorista um intervalo de 30 minutos de
descanso a cada quatro horas e também entre jornadas de 11 horas,
que é boa, mas exige estrutura nas estradas para que seja cumprida.
“Não há lugar onde o motorista possa parar. Com as excessivas
jornadas de trabalho, acaba apresentando hipertensão e problemas
graves na coluna em razão de trabalhar muito tempo na mesma
posição”, afirmou o presidente do Sinditac, Luiz Fernando
Galvão.
Bastos acrescenta que os caminhoneiros são obrigados a recorrer aos
postos de combustíveis, onde só podem parar se gastarem. “Ou você
abastece 200 litros ou paga R$ 50. Fora que não há segurança na
maior parte dos lugares, você fica exposto a roubos e ainda falta
infraestrutura de saúde e higiene para atender o trabalhador”.
De acordo com o presidente da Associação Nacional de Caminhoneiros,
Benedito Pantalhão, o principal resultado desse encontro será a
organização do setor, um benefício também para o consumidor final.
“Isso fará com que a mercadoria que chega na casa do consumidor
diminua o preço, porque teremos menos atravessadores e o preço do
frete tende a melhorar, tanto para o trabalhador, quanto para o
embarcador, que é quem paga. Com isso, cai também o preço do que
chega para o comprador final”.
Serviço
1º Seminário Nacional Transporte de Carga: desafios para o
desenvolvimento e para condições de trabalho dignas
Dia: 22 de novembro, das 9h às 17h
Local: Auditório do Sindicato dos Químicos do Estado de São
Paulo
Rua Tamandaré, 348 – Liberdade – São Paulo/SP
Viviane Barbosa com informações da CUT Nacional de Luiz
Carvalho
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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