O Marco
Civil da Internet, que era o principal ponto da pauta do plenário
da Câmara esta semana, pois tranca as votações de outros projetos,
não foi votado nesta terça-feira, dia 29, como estava previsto. O
presidente da Casa, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN),
disse que a matéria só deverá ser apreciada na próxima terça-feira,
5 de novembro. “Haverá proposta de uma comissão geral para discutir
o marco civil na terça, em plenário. Depois [os deputados] poderão
votar na terça à noite mesmo. É um tema muito polêmico e
controverso”, explicou. (Foto: Deputado Alessandro Molon
(PT-RJ), autor do projeto - crédito: UOL)
Há menos de dez dias, Henrique Alves declarou que a Câmara não
poderia ficar com a pauta trancada nem por mais um dia. Ainda
assim, o parlamentar precisou ceder. O Marco Civil da Internet
tramita há quase quatro anos no Congresso e, ainda divide posições
de parlamentares em torno de pontos sensíveis.
Regulamentação
A matéria define direitos e deveres dos usuários e dos provedores
de internet, proibindo, por exemplo, que as empresas responsáveis
pela conexão repassem registros de acessos dos internautas para
outras empresas, garantindo o sigilo das comunicações exceto em
casos de ordem judicial. O texto ainda exige a manutenção da
qualidade dos pacotes vendidos e proíbe qualquer monitoramento,
análise ou fiscalização do conteúdo dos pacotes de dados.
Impasse
O grande impasse gira em torno da garantia da neutralidade da rede,
criticado pelas empresas que atuam no setor e que vêm pressionando
alguns parlamentares para tentar travar a proposta. O princípio
definido no texto impede que as operadoras definam quais os tipos
de acesso por parte do usuário teriam maior ou menor velocidade
dentro dos pacotes oferecidos, fazendo com que o provedor de
conexão fique obrigado a tratar da mesma forma qualquer tipo de
acesso a dados, sem diferenciação por conteúdo, origem e destino,
serviço, terminal ou aplicativo.
Com a nova data de votação, outros projetos que também aguardavam a
apreciação em plenário terão que ficar mais tempo na fila, como o
caso do Projeto de Lei 393/11, que prevê a publicação de
biografias, independente da autorização do personagem ou da
família. "Depois do marco civil, que tranca a pauta, vou colocar o
projeto das biografias na pauta da próxima quarta-feira, dia 6”,
observou Henrique Eduardo Alves, antecipando que o texto que
será analisado em plenário é elaborado pelo autor da proposta,
deputado Newton Lima (PT-SP), com a inclusão da sugestão do líder
do DEM, deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO).
Caiado propôs que o projeto contemplasse um rito sumário do
Judiciário para casos em que as pessoas que se sentirem
prejudicadas pelas informações divulgadas possam ter uma resposta
mais rápida na Justiça. “Acho que [a sugestão] complementa a
proposta”, explicou Henrique Alves. “Sou favor do projeto. Acho
que, na dúvida é sempre melhor votar pela liberdade de expressão e
da manifestação. A matéria é controversa, é um tema que requer
cuidado, mas, na dúvida, fico com a liberdade de expressão e de
pensamento”, antecipou o presidente da Câmara.
CNTT/CUT com informações da Agência Brasil
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