Valorização
do trabalho feminino, garantia de autonomia econômica, melhoria da
condição das trabalhadoras e promoção da igualdade de gênero no
mercado de trabalho – são estes os objetivos da parceria discutida
na sexta-feira, 11 de outubro, entre a Secretaria da Mulher
Trabalhadora da CUT São Paulo (SEMT-CUT/SP) e a Secretaria
Municipal de Políticas paras Mulheres (SMPM) da prefeitura
paulistana. (Foto:
Sônia Auxiliadora - crédito: Flaviana
Serafim-SECOM-CUTSP)
A proposta foi apresentada às dirigentes cutistas na reunião mensal
do Coletivo Estadual de Mulheres e, segundo Maria Cristina Corral,
coordenadora de Autonomia Econômica da SMPM, a promoção da
igualdade de gênero no mundo do trabalho é o eixo central dos
debates e ações. “Daremos enfoque especial à discriminação
entre os sexos, ainda muito presente e que precisa ser combatida e
superada para que as trabalhadoras tenham, efetivamente, igualdade
de direitos”, pontuou.
O projeto piloto, que será desenvolvido conjuntamente, tem as
seguintes ações previstas: campanhas permanentes contra a
discriminação no mercado de trabalho; combate à informalidade e à
terceirização; cumprimento do artigo 9ª, parágrafo 2º, inciso II da
Lei Maria da Penha, para que a mulher trabalhadora tenha o vínculo
empregatício garantido quando o afastamento for necessário nos
casos de violência.
A proposta também contempla estratégias de ampliação da
participação política feminina e profissionalização gratuita
das trabalhadoras por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino
Técnico e Emprego (Pronatec), do governo federal.
Sônia Auxiliadora, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT/SP,
comemora a parceria. A expectativa da dirigente é que a iniciativa
sirva de modelo para o debate nas demais cidades paulistas,
sobretudo por ampliar a participação no desenvolvimento de
políticas para as mulheres, nas quais a sociedade civil e os
movimentos organizados têm seu papel, mas que são de
responsabilidade do poder público.
“A promoção da autonomia feminina, não só para as desempregadas,
mas também para as que estão em empregos informais, dará um salto
de qualidade na vida das trabalhadoras. É a CUT fazendo o papel que
a Central defende, que é o do movimento sindical voltado para a
cidadania”, afirmou a secretária.
Calendário
No encontro, as dirigentes debateram e aprovaram um calendário de
atividades voltadas à campanha dos 16 dias de Ativismo pelo Fim da
Violência Contra a Mulher no Estado de São Paulo. Debates e ações
ocorrerão ao longo do próximo mês, no qual ocorre o Dia
Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher, em 25
de novembro.
Também foi deliberada a criação de um grupo de estudos para
discutir o adoecimento psíquico no trabalho, com participação da
psicanalista e socióloga Débora Felgueiras. Os encontros,
voltados às dirigentes cutistas, estão previstos para fevereiro de
2014 com realização de reuniões mensais com 2h30 de duração.
Lutas contra o retrocesso – Entre outras deliberações foi
confirmada a realização de curso de comunicação para as mulheres,
em parceria com a Secretaria de Imprensa e Comunicação da
CUT/SP.
Gilberto Salviano, assessor da Secretaria de Saúde do Trabalhador
da CUT Nacional, pediu engajamento da Central no Movimento Nacional
em Defesa da Saúde Pública – Saúde + 10, que busca garantir 10% das
receitas correntes brutas da União para a saúde pública, por meio
do Projeto de Iniciativa Popular nº 321/2013. Agora, o objetivo é
pressionar o Congresso Nacional para votação em regime de
urgência.
Moção
As dirigentes aprovaram, ainda, moção de repúdio ao Projeto de Lei
(PL) 01-00138/2011, do vereador Alfredinho (PT), que propõe cotas
de ônibus e vagões de trens e metrôs para as mulheres na capital
paulista, das 6h às 10h e 16h às 20h, além de faixa cor de rosa nos
veículos com os dizeres “Espaço exclusivo para mulheres”.
O PL foi aprovado por unanimidade na primeira votação e, diante da
polêmica, será realizada audiência pública na Câmara Municipal de
São Paulo em 23 de outubro, com a participação das mulheres
cutistas. “No lugar de fazer um debate pela melhoria da mobilidade
urbana e sobre políticas para evitar que os homens agridam as
mulheres, o PL reforça a ideia de que são elas – e não eles – as
responsáveis pela violência física e o assédio sexual que sofrem no
transporte público”, critica Rosana Sousa, diretora executiva da
CUT Nacional.
A dirigente também reforçou a necessidade de se manter a luta
contra a aprovação do PL 478, que tramita na Câmara dos Deputados
propondo a criação do Estatuto do Nascituro.
Apresentado em 2007 pelos então deputados Luiz Bassuma (PV-BA) e
Miguel Martini (PHS-MG), o projeto visa garantir proteção integral
ao não nascido, que passa a ter prioridade sobre os direitos
femininos.
Uma das principais polêmicas é um auxílio financeiro – já chamado
de “Bolsa Estupro” - que prevê o pagamento de pensão alimentícia
pelo estuprador, caso ele seja identificado, obrigando a mulher a
conviver com seu algoz ao longo da vida. Se não for identificado,
caberá ao Estado pagar os custos de vida da criança gerada nessa
violência sexual.
Caso seja aprovado, entre outros retrocessos, o PL proibirá o
direito ao aborto nos casos de estupro, contrariando a lei vigente
e institucionalizando esse tipo de violência, já que o agressor
passará a ser reconhecido como pai.
Participantes
Além de membros da direção executiva da CUT Nacional, da CUT São
Paulo e da Subsede Mogi das Cruzes, a reunião ampliada do Coletivo
de Mulheres da SEMT-CUT/SP contou com a presença de dirigentes dos
sindicatos: Calçados de SP; SINPEEM; Servidores de SP; Servidores
de São Bernardo do Campo; Servidores de Diadema; APEOESP;
AFUSE; Sindsaúde-SP; das Trabalhadoras Domésticas de SP;
Vidreiros de SP; Aeroviários de Guarulhos, Sindilimpeza
Baixada Santista; Metalúrgicos de Salto; da CNQ/CUT e da
FEM/CUT.
Com informações da
CUT/SP
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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