As centrais
sindicais decidiram em reunião na sede da CUT Nacional, na
segunda-feira, dia 19, ampliar a convocação de Norte a Sul do país,
ultimando os preparativos para o 30 de agosto, Dia Nacional de
Mobilização e Paralisação, priorizando a luta pelo fim do fator
previdenciário, redução da jornada de trabalho para 40 horas
semanais e combate ao Projeto de Lei 4330, da terceirização.
Na avaliação das centrais, a situação é favorável à manifestação,
que dá continuidade aos protestos, passeatas e greves realizadas no
11 de julho, e potencializa a cobrança da pauta da classe
trabalhadora. A agenda de reivindicações inclui ainda a luta pelos
10% do PIB para a Educação; 10% do Orçamento da União para a Saúde;
transporte público e de qualidade/mobilidade urbana; valorização
das aposentadorias; reforma agrária e suspensão dos leilões de
petróleo.
O presidente da CUT, Vagener Freitas afirmou: “estamos enfrentando
as dificuldades diante de um governo de disputa em que muitas vezes
os interlocutores vão se alternando. Daí a importância da pressão
conjunta, da unidade de ação do movimento sindical para impedir
retrocessos e ampliar conquistas” e resalta que “o próximo dia 30
se soma ao ato vitorioso do 11 de julho, são manifestações para
alterar o jogo”.
Ao destacar o papel perverso do PL 4330, o secretário geral da CUT,
Sérgio Nobre, lembrou que “país de primeira não pode ter emprego de
terceira”. Sérgio destacou a importância da mobilização do conjunto
das categorias, em todos os Estados, para garantir a igualdade de
direitos, de condições e de salário, direito à informação prévia,
proibição na atividade-fim, responsabilidade solidária das empresas
contratantes e penalização das empresas infratoras, tudo o que
setores do patronato querem apagar da legislação.
Estudos do Dieese apontam que o trabalhador terceirizado recebe
salário 27% menor que o contratado diretamente, tem jornada semanal
de três horas a mais, permanece 2,6 anos a menos no emprego, e sua
rotatividade é mais do que o dobro (44,9% contra 22%). Além disso,
aponta o Dieese, a cada 10 acidentes de trabalho, oito acontecem
entre os terceirizados.
Reforma agrária já!
Membro da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem
Terra (MST), João Paulo Rodrigues condenou a postura do governo
federal que “nem desapropria terra nem senta com o movimento”.
“Temos 80 mil famílias acampadas que necessitam ter prioridade
nesse momento. Nos somamos à manifestação das centrais sindicais
bastante animados de que o aumento da pressão vai abrir caminho
para os avanços que o nosso povo e o Brasil precisam”,
acrescentou.
Para o secretário geral da Central Geral dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CGTB), Carlos Alberto Pereira, “o momento
é de avanço do movimento sindical” e reflete os avanços obtidos a
partir da mobilização de junho, que reuniu dois milhões de
trabalhadores em mais de 250 cidades. “De lá para cá tivemos três
vitórias: a do Fundo Social do Pré-Sal, que garantiu mais de 200
bilhões de reais para a educação nos próximos dez anos; adiamos o
PL da terceirização por 30 dias, barrando a tentativa de golpe que
busca ampliar e legitimar a precarização; e aceleramos a nossa
mobilização, o que tem sido fundamental para aprofundar as
negociações com o governo e o Congresso Nacional”, disse
Pereira.
Protagonismo de Classe
De acordo com o secretário geral da Força Sindical, João Carlos
Gonçalves (Juruna), “construída na luta, a pauta unitária dos
trabalhadores tem repercutido positivamente junto às bases e
contribuído para que o papel do movimento sindical seja valorizado
na mesa de negociação”. Juruna lembrou que, apesar da campanha dos
grandes conglomerados de comunicação para invisibilizar ou diminuir
o protagonismo da classe trabalhadora na luta por mudanças, a ação
unificada tem rendido frutos e demonstra a correção da
iniciativa.
O secretário geral da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do
Brasil (CTB), Pascoal Carneiro, relatou da grande receptividade que
a convocação do 30 de agosto vem tendo pelo país, citando a
assembleia realizada recentemente na capital baiana, “onde há muita
disposição de parar para colocar o país nos trilhos”. “O sentimento
é de greve no dia 30 em defesa de um projeto nacional de
desenvolvimento com valorização do trabalho, combatendo a
precarização e o retrocesso”.
Representando a Intersindical, Edson Carneiro (Índio) reiterou o
papel da caminhada conjunta, com unidade na diversidade, para fazer
a pauta avançar. “O processo que o país está vivendo não é
sindical, mas político, o que reforça a importância da pressão por
mudanças na política econômica, como o fim do superávit primário.
Queremos inverter a lógica do que beneficia o grande capital
rentista, o agronegócio e as empreiteiras”, frisou Índio.
O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah,
disse que além de reivindicar do governo ações concretas em
benefício da sociedade, o movimento sindical precisa realizar uma
grande manifestação no Congresso Nacional. “Nos 25 anos da
Constituição de 1988, devemos apontar os nós que precisam ser
desatados para que o país avance, pressionando os parlamentares a
que tomem posição ao lado dos trabalhadores”, enfatizou Patah.
A luta contra a precarização das relações de trabalho, apontou o
presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio
Neto, deve ser amplificada, “tanto no setor privado quanto
público”. “A lei 8666 que dispõe sobre a contratação direta
significa contratação via preço, o que representa trabalho mais
barato, precário. Esta é uma questão que precisa ser alterada com
urgência”, defendeu.
Em nome da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), Luiz
Gonçalves (Luizinho), enfatizou o compromisso de “parar aonde for
possível no próximo 30 de agosto”. “O volume do nosso protesto é
essencial para mostrar que o movimento sindical está engajado em
buscar o resultado das nossas negociações, a melhoria das relações
de trabalho e o desenvolvimento do país”,
concluiu.
Com informações da CUT Nacional
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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