Com acesso a documentos inéditos e o
depoimento voluntário de um ex-funcionário da multinacional alemã
Siemens ao Ministério Público, a revista IstoÉ revelou que o
esquema montado por empresas da área de transporte sobre trilhos em
São Paulo para vencer e lucrar com licitações públicas nos governos
do PSDB nos últimos 20 anos contou com a participação de
autoridades e servidores públicos, além de abastecer um propinoduto
milionário que desviou dinheiro das obras para políticos
tucanos.
Ao analisar documentação e depoimentos colhidos, integrantes do
Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e do Ministério
Público se surpreenderam com a quantidade de irregularidades
encontradas nos acordos feitos entre os governos tucanos de São
Paulo e as companhias encarregadas da manutenção e aquisição de
trens e da construção das linhas. Segundo a investigação, o cartel
superfaturou cada obra em 30%. Ou seja, de cada dez reais
desembolsados com o dinheiro arrecadado dos impostos, os
governantes tucanos jogaram nos trilhos três reais. Foram
analisados 16 contratos correspondentes a seis projetos. Segundo o
MP e o Cade, somente nesses negócios, os prejuízos aos cofres
públicos chegaram a 425,1 milhões de reais.
Dentre os contratos envolvendo superfaturamento, segundo a
publicação, está a instalação da fase 1 da Linha 5 Lilás do metrô
da cidade de São Paulo. A licitação foi vencida pelo consórcio
Sistrem, formado pela francesa Alstom, a alemã Siemens, a ADtranz
(da canadense Bombardier) e a espanhola CAF. Os serviços foram
orçados em 615 milhões de reais. Segundo testemunhosao Cade e ao
MP, o contrato rendeu uma comissão de 7,5% a políticos do PSDB e
dirigentes da estatal – o que significa cerca de 46 milhões de
reais em propina.
De acordo com a revista, o responsável por estabelecer o esquema
com as empresas no contrato era o executivo Masao Suzuki, da
Mitsui. Apesar disso, sua empresa não foi a principal beneficiária.
Quem ficou com a maior parte dos valores recebidos na fase 1 da
Linha 5 Lilás do metrô foi a Alstom, que comandou o cartel durante
a licitação.
Já no contrato da Linha 2 do metrô, o superfaturamento identificado
até agora causou um prejuízo de 67,5 milhões de reais ao tesouro
paulista. As licitações investigadas foram vencidas pela dupla
Alstom/Siemens e pelo consórcio Metrosist, da qual participa também
a Alstom também fez parte. O contrato, orçado em 81,7 milhões de
reais, previa a prestação de serviços de engenharia, o
fornecimento, a montagem e a instalação de sistemas destinados à
extensão oeste da Linha 2 Verde. Desde que foi assinado, em outubro
de 1997, recebeu 13 reajustes. Enquanto as multinacionais francesa
e alemã ficaram responsáveis pelo projeto para fornecimento e
implantação do trecho Ana Rosa/ Ipiranga. A Asltom e a Siemens
receberam 143,6 milhões de reais para executar o
serviço.
Com informações da IstoÉ
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