Celebrou-se
na quinta-feira, dia 25, o Dia Internacional da Mulher
Afro-Latina-Americana e Caribenha. A data surgiu em 1992 na
República Dominicana e marca, internacionalmente, a luta e a
resistência da mulher negra em toda a América do Sul e Caribe. Em
2011, esta comemoração tem seus objetivos reforçados com as
celebrações do Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes,
instituído pela Organização das Nações Unidas
(ONU).
Há 21 anos,
a história comprova que a homenagem concedida às mulheres negras é
uma forma grandiosa de retribuir sua importância para o
desenvolvimento sócio-cultural dos países latinos. As celebrações
desta data buscam denunciar o racismo, a discriminação e as
desigualdades sociais, proporcionando a este gênero melhor
qualidade de vida. Além disso, as organizações de mulheres negras
se fortalecem com esta prova de respeito e admiração.
A trajetória da mulher negra é marcada por inúmeros desafios, que
englobam a discriminação por gênero e por raça. Tendo de superar
desafios cotidianos devido à esse duplo preconceito, as mulheres
negras, sejam elas famosas ou anônimas, são exemplos para todos os
afro-brasileiros.
Conheça abaixo
algumas dessas mulheres que se destacaram na luta pela garantia e
ampliação dos direitos das afro-latinas:
Tia Ciata
Nascida na Bahia em 1854, Hilária Batista de Almeida (mais
conhecida como Tia Ciata) foi levada para o Rio de Janeiro aos 22
anos. Iniciada nas tradições do candomblé ainda na capital baiana,
Ciata foi uma das tias baianas no início do século 20, mãe de
santo, doceira e esposa dedicada de João Batista, com quem teve
seus 14 filhos.
Por causa das perseguições sofridas pela sociedade e pela polícia,
Tia Ciata abrigou em sua casa várias manifestações culturais e
religiosas oriundas da África, na Praça Onze – popularmente chamada
de Pequena África, recanto do negro baiano no Rio de Janeiro.
Rodas de capoeira, batuques do candomblé, malandros do chorinho
reunidos na casa da doceira. Ao que tudo indica, o primeiro samba
brasileiro foi gravado por Donga neste pedacinho africano no
Brasil.
Carolina de Jesus
Nasceu em Sacramento, Minas Gerais, mas foi em São Paulo que suas
palavras de protesto e denúncia alcançaram a sociedade dominante.
Carolina Maria de Jesus coletava papelão pelas ruas da capital
paulista e, ao chegar em casa, transcrevia as aflições vivenciadas
durante o dia em forma de diário pessoal.
Mãe de três filhos, Carolina foi descoberta como escritora por um
jornalista que a auxiliou a publicar seu primeiro livro, “Quarto de
despejo”, que descreve as aflições de pessoas que, como ela, viviam
à margem da sociedade, submetidos à crueldade da elite.
Depois de ter seu trabalho reconhecido pelo público, Carolina de
Jesus agia com a mesma simplicidade de antes, o que não foi bem
visto pela sociedade. Em alguns anos, a jovem escritora negra
retornou à antiga condição social, desta vez, como representante da
luta pela emancipação feminina.
Quando morreu aos 62 anos, Carolina estava em situação de miséria,
a mesma que a marcou desde o início de sua trajetória. Por isso, é
considerada ícone da ascensão social das classes menos
favorecidas.
Antonieta de
Barros
Jornalista, escritora, educadora e parlamentar, a jovem catarinense
foi a primeira mulher negra a assumir uma vaga na Assembleia
Legislativa de Santa Catarina em um período que o gênero não tinha
espaço político e social com representação.
Anualmente, a Assembleia Legislativa do estado premia mulheres que
defendem os direitos da mulher catarinense, com a Medalha Antonieta
de Barros. Além desta homenagem, Antonieta também teve seu nome
dado a um túnel da Via Expressa Sul, em Florianópolis.
Aos 51 anos, Antonieta deixou um legado de conquistas histórias
para a sociedade negra brasileira.
Com informações do Movimento
Palmares
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