Na próxima segunda-feira, dia 22, a
Comissão Nacional da Verdade (CNV) e Coletivo Sindical realizarão
um ato para celebrar os 30 anos da greve geral de 1983, em
que a população foi convocada para uma paralisação contra o
regime militar da época.
O ato pretende chamar a atenção para o fato de que, naquele
período, diversas empresas contribuíram com a ditadura militar e
apoiaram a perseguição de seus trabalhadores pelos órgãos de
repressão do governo, inclusive fornecendo listas com nomes de
pessoas que poderiam ser consideradas contra o governo.
O evento, organizado pelo Coletivo Sindical, é composto por nove
centrais: Central Única dos Trabalhadores (CUT); Força Sindical;
Central Geral dos Trabalhadores (CGTB), União Geral dos
Trabalhadores (UGT); Nova Central; Intersindical; Central Sindical
Popular (Conlutas); Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB); e
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), que
formam um grupo de trabalho chamado “A Verdade e a Memória dos
Trabalhadores por Justiça e Reparação”.
Investigações
A coordenadora da CNV, Rosa Cardoso, disse que o grupo de trabalho
e a Comissão farão investigações sobre os sindicatos que foram
invadidos na época do regime militar, quantos e quais dirigentes
sindicais foram cassados e presos durante a ditadura, além de
levantamentos sobre a destruição do patrimônio documental e físico
dos sindicatos e a vinculação das empresas com a repressão.
Também serão investigadas a relação do serviço de segurança das
empresas estatais e privadas com a repressão e a atuação das Forças
Armadas, a legislação antissocial e antitrabalhadores, a repressão
às greves, o tratamento dado à mulher trabalhadora durante a
repressão, a avaliação dos prejuízos causados aos trabalhadores e
suas entidades para reparação moral, política e material. “O
levantamento desses dados nos permitirá reconstituir essa história,
que é fundamental, porque o regime e o golpe militar está centrado
na destruição de um estado desenvolvimentista onde a classe
trabalhadora vinha avançando em suas conquistas. Então, não há
dúvida de que eles denunciavam mesmo um golpe contra a república
sindical que estava em construção no País, com o objetivo de
ascensão da classe trabalhadora e de melhores condições de vida”,
afirma.
Ao final das investigações a Comissão e o Coletivo Sindical farão
um relatório detalhado que será usado para buscar as reparações
julgadas necessárias. “A reparação pela violação dos direitos
fundamentais e humanos é nova no Brasil, e vamos ter que construir
uma estratégia para conseguir isso, porque é algo que ainda não
existe no Brasil. O movimento sindical tem entendido que as
reparações feitas pela CNV de Anistia não são satisfatórias quanto
às indenizações concedidas para aos trabalhadores e seus parentes.
Isso também vai ser estudado”, disse Rosa.
O ato pelos 30 anos da greve geral será feito no Sindicato Nacional
dos Aposentados, localizado à Rua do Carmo,
171, centro de São Paulo, a
partir das 9:30h, e será aberto ao público.
Com informações da Rede Brasil Atual
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
Redação CNTTL
Mídia Consulte Comunicação &Marketing
Editora e Assessora de Imprensa: Viviane Barbosa MTB 28121
WhatsApp: 55 + (11) 9+6948-7450
Assessoria de Tecnologia da Informação e Website: Egberto Lima
E-mail: viviane@midiaconsulte.com
Redação: jornalismo@midiaconsulte.com
Siga a CNTTL nas redes sociais:
www.facebook.com/cnttloficial
www.twitter.com/cnttloficial
www.youtube.com/cnttl
Mídia
Canal CNTTL