pesar da queda, a Unctad ressalta que o IED
no Brasil "se manteve robusto, elevando o país para o quarto maior
receptor mundial de investimentos". No cenário global, os fluxos de
investimentos estrangeiros diretos caíram 18% no ano passado,
totalizando US$ 1,35 trilhão (R$ 3 trilhões), devido às incertezas
no cenário econômico, principalmente nos países ricos, onde a queda
no volume de IED recebido foi bem mais significativa e atingiu
32%.
Liderança emergente
Os investimentos estrangeiros diretos são aportes de capital vindos
do exterior aplicados na produção de um país, na criação de
empresas, em fusões e aquisições ou empréstimos entre matrizes e
filiais.
Esse dinheiro é geralmente investido a longo prazo no país,
diferentemente dos recursos destinados aos mercados
financeiros.
Pela primeira vez, os emergentes receberam mais investimentos
estrangeiros diretos do que as economias ricas.
Os países em desenvolvimento responderam por 52% do fluxo total de
IED mundial no ano passado, atraindo US$ 703 bilhões (R$ 1,5
trilhão), enquanto os países ricos somaram US$ 561 bilhões (R$ 1,2
trilhão).
Segundo a Unctad, o volume de investimentos diretos destinados aos
países em desenvolvimento registrou uma pequena queda de 4% em
relação a 2011. Apesar disso, o resultado foi o segundo melhor de
toda a história.
América do Sul
“Entre as regiões em desenvolvimento, os fluxos de investimentos
estrangeiros diretos realizados na Ásia e na América Latina
permanceceram em níveis historicamente elevados, mas seu
crescimento se desacelerou”, afirma o relatório.
Países que mais receberam IED em 2012
1. EUA - US$ 168 bilhões
2. China - US$ 121 bilhões
3. Hong Kong (China) - US$ 75 bilhões
4. Brasil - US$ 65 bilhões
5. Ilhas Virgens Britânicas - US$ 65 bilhões
Crédito: Unctad
Na América do Sul, o volume de IED aumentou 12% no ano passado,
totalizando US$ 144 bilhões (R$ 319 bilhões). Já na América Central
e no Caribe, houve uma queda de 17% no fluxo de investimentos.
"A grande quantidade de recursos petrolíferos, de gás e minerais,
além da expansão rápida da classe média são fatores que continuam a
atrair investimentos estrangeiros diretos para a América do Sul",
afirma a Unctad.
Apesar da redução de 2% no volume de IED no Brasil, principal
receptor de investimentos na região, houve forte crescimento do IED
em países como o Chile (+32%), Argentina (+27%), ou ainda o Peru,
onde o aumento foi de 49%, atingindo US$ 12 bilhões (R$ 27
bilhões).
De acordo com o relatório, o IED na América do Sul se concentra nas
indústrias extrativistas, onde companhias estrangeiras têm papel de
destaque, com exceção do Brasil.
"O IED no setor industrial, como o automotivo, por exemplo, está
crescendo no Brasil estimulado pelas novas medidas de política
industrial", diz a Unctad.
"Em razão do novo regime para o setor automotivo, o IED nesse setor
passou de uma média anual de US$ 116 milhões (R$ 257 milhões) entre
2007 e 2010 para uma média de US$ 1,6 bilhão (3,54 bilhões) em 2011
e 2012", afirma o relatório.
Já os investimentos externos realizados por países da América
Latina, sobretudo em países da região e nas economias
desenvolvidas, atingiram US$ 103 bilhões (R$ 228 bilhões) no ano
passado, uma queda de 2%.
"No entanto, esses números não refletem o dinamismo das atividades
das multinacionais latino-americanas no exterior", afirma a Unctad,
destacando o aumento de 74% nas aquisições internacionais
realizadas por companhias do continente em 2012, que totalizaram
US$ 33 bilhões (R$ 73 bilhões).
"Essa tendência, que surgiu em 2006, foi em seguida freada pela
crise financeira mundial, antes de ressurgir em 2010. Entre 2010 e
2012, as empresas latino-americanas gastaram US$ 67 bilhões em
aquisições de companhias no exterior", diz o relatório.
Investimentos de emergentes
A Unctad ressalta ainda que os países em desenvolvimento também
estão investindo cada vez mais em outras regiões do mundo.
Os fluxos de IED oriundos dos países em desenvolvimento totalizaram
US$ 426 bilhões (R$ 943 bilhões) em 2012, "um nível recorde de 31%
do total mundial", afirma o relatório.
Os países asiáticos (sobretudo a China) representam três quartos do
total de investimentos externos diretos realizados por países em
desenvolvimento.
A China subiu da sexta para a terceira posição no ranking dos
países que mais realizam investimentos diretos no exterior, atrás
apenas dos Estados Unidos e do Japão.
O país também é o segundo que mais recebe investimentos
estrangeiros no mundo, atrás dos Estados Unidos.
Embora o Brasil seja o quarto na lista entre os maiores receptores,
não integra a lista dos 20 maiores investidores mundiais.
A Unctad prevê que em 2013 o fluxo de IED no mundo deverá ficar
próximo ao volume registrado no ano passado (US$ 1,35 trilhão), e
atingir no máximo US$ 1,45 trilhão (R$ 3,2 trilhões).
"Uma verdadeira retomada dos fluxos levará mais tempo do que o
previsto em razão da fragilidade da economia mundial e do clima de
incerteza geral", afirma a Unctad.
Com
informações da BBC Brasil
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