A direção do Sindicato dos
Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo participou na
tarde de quarta-feira, 30, da reunião aberta da Comissão de
Educação e Cultura da Assembleia Legislativa, que recebeu o
presidente da Fundação Padre Anchieta (gestora da Rádio e TV
Cultura), João Sayad.
O motivo do encontro era obter
esclarecimentos sobre o processo de desmonte pelo qual está
passando a emissora pública paulista, com demissões em massa,
enxugamento no quadro de funcionários em detrimento da qualidade
dos programas, e baixos investimentos.
O tema mais polêmico ficou por
conta da cessão de espaço na programação para o programa da TV
Folha, já que a TV Cultura é uma emissora pública, financiada com
recursos do contribuinte, e a Folha, um grupo privado de
comunicação.
Sayad procurou justificar o
processo de "reestruturação" efetuada na sua gestão: "Tenho orgulho
de ter resolvido os problemas trabalhistas da RTV Cultura", diz
ele, apesar das centenas de trabalhadores que perderam seus
empregos na sua gestão. O economista, que foi indicado para o cargo
pelo ex-governador José Serra (PSDB) mostrou-se satisfeito com os
resultados, apesar dos baixos índices de audiência. "Não acho que
os funcionários devam ser contratados por concurso público como
estatutários e muito menos que haja dez técnicos concursados para o
conserto do ar condicionado", afirmou revelando o jeito tucano de
governar.
O presidente do Sindicato dos
Jornalistas de São Paulo, José Augusto Camargo (Camargo), foi o
primeiro a questionar a cessão do espaço para a TV Folha na
programação da TV Cultura. Lembrou que a emissora conta com grande
apreço dos jornalistas por que um dos ícones da categoria, o
jornalista Vladimir Herzog, foi assassinado pela ditadura militar
quando exercia a função de diretor de jornalismo da emissora. "Além
das demissões que ocorreram, me parece que ceder espaço para a TV
Folha é inadequado. Há uma discordância de princípios quanto a
isso. Quer dizer que o modelo de financiamento é com a venda de
serviços? Afinal, qual o modelo que a TV Cultura quer
representar?”, questionou o presidente.
Além de Camargo, estiveram
presentes no ato as diretoras do Sindicato Telé Cardim e Ivani
Sessa. O evento, presidido pelo deputado Simão Pedro (PT/SP), teve
participação dos deputados João Paulo Rillo (PT), Beto Tricoli
(PV), Carlos Giannazi (Psol), Sebastião Santos (PRB), Edson
Ferrarini (PTB) e a deputada Leci Brandão (PC do B). Presença de
diversas entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT),
Intervozes, Centro de Estudos Barão de Itararé e Sindicato dos
Radialistas, além de diversas representações de entidades ligadas
aos meios de comunicação.
Com informações do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São
Paulo
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