O Portal CNTT-CUT divulga a seguir o "Plano de Gestão" da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte, decidido em abril na Convenção da categoria que elegeu a nova diretoria com mandato 2012-2015, que representa mais de um milhão de trabalhadores de todo o Brasil em todos os modais (aéreo, ferroviário, metroviário, rodoviário, portuário e viário).
1.
Continuar a nossa campanha contra a privatização e concessão de
setores importantes do nosso país como portos e aeroportos para
construir alternativas que garantam esses bens nas mãos do poder
público;
2. Construir canais de interlocução junto ao
Governo Federal e seus Ministérios, como também junto à Câmara e ao
Senado para discutir projetos, como a aposentadoria especial para
todos os trabalhadores em transportes;
3.
Incorporar a luta pela defesa da liberdade e autonomia sindical
contra as demissões imotivadas, a lei de greve, poder normativo da
justiça do trabalho, fim do imposto sindical, redução da jornada de
trabalho e a não tributação de imposto de renda na PLR
(Participação nos Lucros e Resultados);
4. Fortalecer nossa estrutura
organizando as federações, a CNTT e o ramo de transporte da CUT.
Integrar politicamente todo o ramo de transporte da Central
fortalecendo nossos sindicatos e federações para construir
oposições onde for possível;
5.
Buscar a garantia no emprego dos ferroviários, cobradores ou
profissional que venha a substituí-lo, garantindo o segundo homem
no transporte público de passageiros. Contra demissões de
dirigentes e práticas antissindicais que dificultam a organização
dos trabalhadores;
6.
Lutar contra o processo de terceirização, concessão e privatização
das empresas públicas;
7.
Estruturar a secretaria, estrutura financeira e a Sede de Brasília,
como um todo para consolidar seu funcionamento como centro
articulador da nossa Confederação;
8.
Fazer um planejamento estratégico da gestão e seminários de
avaliação anual;
9.
Propor Auditoria em todas as concessões ligadas ao setor de
transportes e principalmente das linhas ferroviárias que envolvam
as empresas MRS, Trans nordestina, FCA, a Vale, SFN, TC, Super Via
e a ALL, que fazem demissões em massa e perseguem dirigentes
sindicais chegando até a demití-los;
10. Defender a regulamentação da
profissão do motorista, a fim de garantir a aposentadoria especial
e o adicional de periculosidade, que hoje atingiria 100% dos
trabalhadores de todo o Brasil;
11. Pela redução da jornada de
trabalho, sem redução no salário. A proposta da CNTT é que a
jornada diária seja de 6h para todos os trabalhadores em
transporte;
12. Lutar pela regularização da
profissão do cobrador /agente de bordo, a fim de garantir o emprego
de milhares de trabalhadores em todo o Brasil;
13. Reivindicar o retorno da
aposentadoria especial para os trabalhadores em
transportes;
14. Combater as linhas
clandestinas/cooperativas e lutar pela realização de um debate
sobre as licitações urbanas e interestaduais;
15. Defender a profissionalização da
gestão dos portos brasileiros para acabar com a politicagem de
nomeações de cargos dentro das empresas públicas. É necessário ter
uma gestão séria e profissional para vencer estes
obstáculos;
16.
Exigir contrapartidas sociais, como a manutenção dos empregos, das
estatais e empresas que utilizam verbas públicas para investir nos
portos ou em qualquer área dos transportes;
17. A CNTT elege em seu 8º
Congresso Nacional o dia 25 de Julho como sendo o Dia Nacional de
Luta dos Trabalhadores em Transportes da CUT, em defesa das
principais bandeiras dos trabalhadores do ramo dos transportes,
tendo como o carro chefe dessas mobilizações a redução da jornada
de trabalho dos trabalhadores em transportes para 6 horas diárias,
a luta pela garantia da aposentadoria especial, bem como outras
bandeiras de interesse dos trabalhadores;
18. A Confederação deverá discutir
com todos os sindicatos e trabalhadores do ramo de transportes a
unificação de suas datas bases, buscando onde for possível
construir uma pauta unitária e nacional, para defender que os
trabalhadores em transportes da CUT tenham sua data base no dia 1º
de maio, dia do trabalhador;
19. Denunciar e lutar contra o
Interdito Proibitório (ação judicial que visa repelir algum tipo de
ameaça à posse de determinado possuidor), abuso do poder judiciário
brasileiro em um ataque direto à liberdade e autonomia
sindical;
20. A CNTT deve propor junto ao
Conselho das Cidades, Congresso Nacional e Governo Federal a
ampliação da pontuação da CNH (Carteira Nacional de Habilitação)
para o motorista profissional, já que a possibilidade de ser pego
em pardais e em pegadinhas é muito fácil, e esse profissional
dirige no mínimo 8 horas. Vale salientar que ao perder a carteira
ou mesmo ter ela suspensa, o trabalhador perde seu emprego e cria
problemas sérios para a sua família;
21. Onde existir disputas entre
chapas do campo cutista a CNTT buscará o consenso com o intuito de
aumentar nossas chances na disputa, onde não for possível o
consenso, proporá a realização de uma convenção cutista e a chapa
que sair dessa convenção deverá ter o apoio da entidade, se não for
possível nem o acordo e nem a convenção, a CNTT deverá ficar de
fora do processo, cabendo aos interessados angariar os apoios
necessários aos seus pleitos;
22. A CNTT é contra o fator
previdenciário, por entendermos ser um crime contra a classe
trabalhadora brasileira;
23. Que a CNTT oriente seus
sindicatos a garantirem a seus filiados em suas convenções que
quando o trabalhador for afastado pela perícia e considerado apto
pelo INSS, seus direitos sejam garantidos pelas empresas
independentemente da avaliação que tenham sobre o
empregado;
24. Que seja cumprida a cota de
gênero em todas as esferas e/ou eventos e atividades patrocinadas
pela CNTT;
25. A CNTT é contra a forma que o
DEST (órgão do Ministério do Planejamento) interveio nos acordos
coletivos que já tinham sido pactuados pelos portuários e pelas
companhias Docas, retirou as competências das Docas e inviabilizou
o acordo que estava pronto e acertado;
26. A CNTT deve lutar pela
implantação de uma operadora Ferroviária Nacional de caráter
público e estatal ou a unificação das já existentes, cuja
finalidade será de planejar, regular, operar e manter o sistema
nacional ferroviário que atue no setor de cargas, passageiros
urbanos, que deve estar integrado a um novo Plano Nacional de
Viação, Transportes e Mobilidade, que priorize como matriz o modal
ferroviário; e garantindo os direitos conquistados ao longo do
tempo com muita luta da categoria;
27. Garantir o cumprimento da lei
de paridade dos ferroviários, deslocando os inativos, que hoje
estão vinculados ao Ministério Público para a Companhia Brasileira
de Trens Urbanos (CBTU). Desse modo garantiremos os direitos
adquiridos dos ferroviários, geridos por uma empresa oriunda da
RFFESA (Rede Ferroviaria Federal S.A);
28. Lutar de forma unificada contra
a prática da monocondução nas ferrovias
brasileiras;
29. Lutar pela reintegração
imediata de todos os dirigentes sindicais, cipeiros e ativistas,
demitidos arbitrariamente;
30. A gestão portuária deve ser
tratada como atividade pública profissional, garantindo os
interesses e o fortalecimento da soberania nacional. Nos casos das
delegações e concessões, os critérios devem ser determinados
previamente pelo Governo Federal, impedindo qualquer processo de
terceirização das atividades fins das empresas portuárias
públicas;
31. A Controladoria Geral da União
(CGU) deve avaliar o cumprimento dos convênios de delegações em
vigor, com vistas à retomada pela União dos portos cujo convênio
vem sendo descumprido;
32. As Autoridades Portuárias dos
portos delegados devem estar vinculadas ao Governo Federal, tendo
seus orçamentos analisados pela SEP, dentro de uma visão
estratégica dos portos em geral;
33. A representação sindical dos
portos deve assegurar a todos os trabalhadores portuários os mesmos
direitos e as mesmas garantias, lutando pela unidade sindical
nacional e pelo fortalecimento de todos os que trabalham nos portos
com a implementação de um plano único de carreira, cargos, empregos
e salários, que possibilite a progressão profissional na carreira
portuária;
34. Os portos devem ser vistos como
impulsionadores locais, devendo ter investimentos, sendo
inadmissível pensar em portos que adotem políticas que desprezem o
meio socioambiental e cultural;
35. O Governo Federal e os
Estaduais não devem renovar contratos de pedágios em rodovias que
tenham como destino ou origem Municípios Portuários, como forma de
reduzir os custos portuários;
36. A gestão portuária deve ser por
resultados, como determinado pela Portaria NO 214-2008 da SEP
(Secretaria Especial de Portos), tendo sua implementação e metas
negociadas com os trabalhadores;
37. Os cargos de Coordenadores,
Gerentes, Assessores, Chefe da Guarda Portuária e Cargos Similares
(Comissionados), devem ser preenchidos pelo pessoal do quadro de
carreiras das Administrações Portuárias;
38. Desvincular do Porto de Laguna
a responsabilidade da Codesp (Controle de Segurança dos Portos),
para que a nova gestão seja negociada entre o Governo Federal,
Municipal e os trabalhadores;
39. Cumprir a Portaria 121/2009 da
SEP, que regulamenta Guarda Portuária com pessoal próprio, em
consonância com a súmula nO 331 do Tribunal Superior do
Trabalho;
40. Devem ser implementadas regras
governamentais de fiscalização e controle dos Órgãos Gestores de
Mão de Obra;
41. A Convenção 137 da OIT deve ser
regulamentada de forma tripartite, sendo negociadas regras para o
estabelecimento da contratação com vínculo, que incluam: piso
salarial, remuneração pela desocupação involuntária, bem como, a
determinação das atividades de risco nos portos brasileiros,
possibilitando a aposentadoria dos trabalhadores
portuários.
42. Deve ser estabelecida
conciliação nos termos da Emenda Constitucional 62/2009, para o
pagamento dos precatórios de caráter alimentar, como forma de
reduzir o elevado passivo trabalhista dos estados e da
União;
43. Reduzir o número de autoridades
que intervenientes e dos órgãos de controle na Gestão Portuária
para possibilitar maior agilidade e autonomia nas Administrações
Publica Portuárias;
44. Os presidentes dos Conselhos de
Autoridade Portuária devem ter comprovado conhecimento e
experiência em logística portuária e preferencialmente ser
residente da região onde se situa o porto;
45. O Governo Federal deve colocar
o PORTUS - Fundo de Previdência Complementar dos Portuários em sua
agenda, que sob intervenção, continua sem uma solução definitiva,
inclusive sem o repasse da quantia de R$ 150 milhões, prometidos
pelo Vice-Presidente Lula;
46. Deve ser garantida a atividade
dos Acordos e Convenções coletivas;
47. Rechaçamos qualquer processo de
privatização que transfira o controle da gestão portuária para a
iniciativa privada.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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