Aeronautas
e aeroviários aprovaram um indicativo de greve para o dia 22 de
dezembro, em assembleias realizadas pelos sindicatos cutistas das
categorias. Os trabalhadores defendem 10% de aumento salarial e 14%
de aumento sobre os pisos. A proposta inicial era maior (13% e 20%,
respectivamente), mas as categorias reduziram os índices para
demonstrar boa vontade nas negociações. As empresas, por outro
lado, não aceitam melhorar sua proposta, que prevê 3% de reajuste
sobre os salários e aumento igual ao INPC sobre os pisos
(equivalente a cerca de 6%).
Diante do impasse, não havendo avanços nas negociações, os
sindicatos e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação
Civil (Fentac/CUT) mobiliza os trabalhadores para dar início a
greve no próximo dia 22. "Não podemos aceitar um reajuste menor do
que a inflação, porque isso significaria que os trabalhadores
ganhariam menos em 2012 do que recebem hoje. Também não abrimos mão
do aumento real dos salários. As empresas aumentaram as passagens
em cerca de 56% nos últimos meses e o que estamos reivindicando é
menos do que 3% desse aumento nas tarifas. Portanto, é justo e
viável para as companhias", diz Celso Klafke, presidente da
Fentac/CUT e do Sindicato dos Aeroviários de Porto
Alegre.
A iminência de uma greve nas vésperas das festas de fim de ano
também incomoda os trabalhadores, mas todos os esforços foram
envidados pelos sindicatos para evitar que essa situação se
repetisse. "Encaminhamos nossa proposta para o sindicato patronal
com duas semanas de antecedência, em 15 de setembro, para que
tivéssemos a renovação da convenção coletiva concluída na
data-base, em 1º de dezembro. As empresas, no entanto, levaram
quase 50 dias para apresentar sua contraproposta e não aceitam
negociar nada diferente disso. É essa intransigência que está
levando à greve. Não é o que nós queríamos, mas precisamos renovar
a convenção e não podemos aceitar esse índice, que prejudica demais
os aeronautas e aeroviários", explica Gelson Fochesato, presidente
do Sindicato Nacional dos Aeronautas.
"Como vai ser o Natal dos trabalhadores das companhias aéreas,
completamente sobrecarregados, com diversos direitos
desrespeitados, sofrendo constantemente assédio moral e risco de
vida por negligência das empresas? Como vai ser o ano novo sem a
renovação da convenção coletiva, mais uma vez, pela total falta de
respeito das companhias com seus funcionários? É papel dos
sindicatos defenderem os trabalhadores e é por isso que estamos
tentando de todas as formas fazer com que as empresas avancem essa
negociação, oportunizando condições dignas de trabalho e um salário
decente. Precisamos lutar por isso e contamos com a compreensão dos
passageiros e da sociedade brasileira, que também é trabalhadora,
como nós", ressalta Selma Balbino, presidente do Sindicato Nacional
dos Aeroviários.
Caso as negociações avancem antes do dia 22, as categorias
realizarão novas assembleias para avaliar a
proposta.
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