PLR na Vale Já: Ferroviários continuam luta pelo pagamento do direito

Presidente do Sindicato dos Ferroviários no Maranhão, Pará e Tocantins, Lúcio Azevedo, pediu reunião com o presidente da empresa

Por: Viviane Barbosa, da Redação CNTTL
Publicação: 24/02/2016
Imagem de PLR na Vale Já: Ferroviários continuam luta pelo pagamento do direito

charge do Sindfer

A luta dos ferroviários na Vale para receber o direito à Participação nos Lucros e Resultados (PLR) continua. Desde que a PLR foi instituída, há 20 anos, é a primeira vez que a empresa anuncia que não fará o pagamento nesse ano.

Segundo a Vale, devido à queda no preço das commodities (matérias-primas com cotação global), não foi atingido o lucro suficiente para pagar o benefício.

O Sindicato dos Ferroviários do Espírito Santo e Minas Gerais (Sindfer/CUT) considera a decisão uma falta de compromisso com os trabalhadores . “A Vale atingiu recordes nunca antes aferidos e simplesmente deu às costas para os trabalhadores. Ignorou o compromisso firmado com os Sindicatos e enviou um comunicado seco”, relata o presidente do Sindfer, João Batista.

O dirigente destaca que os trabalhadores se empenharam durante todo de 2015 e bateram todas as metas de produtividade da empresa e, portanto, é direito receber a PLR, que está assegurada em Lei.

Impacto

A decisão da Vale de não fazer o pagamento atingirá 13 sindicatos ferroviários na sua  base no país, que totalizam cerca de 55 mil trabalhadores diretos e mais de 100 mil indiretos. Na base da CNTTL/CUT, são seis sindicatos que abrangem:  o Espírito Santo, Itabira (MG), Carajás (MG), Maranhão, Sergipe e Rio de Janeiro, que representam cerca  de 31 mil trabalhadores.

Intervenção

O presidente do Sindicato dos Ferroviários no Maranhão, Pará e Tocantins, Lúcio Azevedo, que representa os empregados no Conselho de Administração da Vale, órgão máximo da empresa, participou de reunião no órgão na quarta-feira (24) e fez uma intervenção, pedindo uma reunião com urgência com o presidente da empresa, Murilo Ferreira, para abrir um canal de negociação.

Os ferroviários na base da CNTTL/CUT sinalizam a possibilidade de intensificar as mobilizações nas bases e deflagrar até paralisações, caso a Vale continue com essa posição intransigente.

 



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