O Ministério da Justiça lançou uma campanha para as comemorações do 1º aniversário da Lei 11.705, conhecida como lei seca. O lançamento aconteceu no dia 10 de junho e a principal ação será uma campanha publicitária com forte apelo para a ligação entre o consumo de álcool e acidentes de trânsito.
Para o final da próxima semana, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) planeja a divulgação de dados que devem apontar redução no número de mortes nas cidades e estradas após a entrada em vigor da lei, em 20 de junho do ano passado, em relação aos 12 meses anteriores. A campanha deve durar aproximadamente dois meses - as ações começaram ontem em Brasília, Belo Horizonte, Florianópolis e São Paulo.
Foram colocados nas estradas mockups, instalações em que automóveis destruídos estão dentro de grandes garrafas, simbolizando o consumo de álcool. No Estado de São Paulo, essas instalações estão na Rodovia dos Bandeirantes e na ligação entre as Rodovias Ayrton Senna e BR- 610 (saída do Aeroporto Internacional de Cumbica).
“Beber é uma viagem? Talvez a última”
Uma outra ação nas estradas será a colocação de instalações chamadas “Gota a Gota”. Foram instaladas diversas garrafas simbolizando bebidas alcoólicas em um espaço de 200 metros. À medida que os motoristas avançam, aparecem outras mais vazias, enquanto começam a aparecer cruzes de cemitérios.
Essas peças foram colocadas nos postos da PRF na Rodovia Fernão Dias e na Regis Bittencourt. Segundo a PRF, também vão circular pela capital guinchos carregando automóveis destruídos. Eles vão levar faixas com os dizeres: “Beber é uma viagem? Talvez a última”. Também haverá encenações de grupos teatrais em 300 bares das quatro cidades.
Os atores vão representar casais que discutem na hora de ir embora, porque um deles está embriagado e insiste em dirigir. Conforme a lei seca, se for flagrado com 2 decigramas de álcool por litro de sangue o motorista leva multa de R$ 957,70, perde a habilitação e tem o veículo apreendido. Com 6 decigramas por litro de sangue ou 0,3 miligrama por litro de ar, responde criminalmente, sujeito à pena de até 3 anos de prisão, com direito a fiança.
Fonte: Ministério da Justiça
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